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Réplica de caravela
tem novo problema
da Agência Folha, em Salvador
da Sucursal de Brasília
Está dando tudo errado para a
réplica da Nau Capitânia de Pedro Álvares Cabral, que custou
R$ 3,8 milhões ao governo e, devido a problemas técnicos, foi retirada das comemorações dos
500 anos do Brasil, para as quais
foi especialmente construída.
O navio zarpou pela terceira vez
de Salvador anteontem em direção a Porto Seguro -onde ainda
podia chegar para a encenação da
primeira missa do Brasil-, mas
acabou voltando no começo da
madrugada de ontem porque entrou água nos dois motores e o
controle remoto do leme falhou.
Não há previsão para o conserto.
A embarcação começou a ser
construída em 1º de julho de 1998
pelo Clube Naval do Rio de Janeiro na Base Naval de Aratu, em
Salvador, sob a responsabilidade
técnica do arquiteto naval francês
Henri Schlomoff Monsey.
Para o presidente do Clube Naval, o almirante da reserva Domingos Castelo Branco, 64, os
fracassos ocorrem por falta de recursos durante a construção.
Segundo ele, a intenção é que,
quando começar a funcionar, a
embarcação sirva como museu
flutuante auto-sustentável. Mas
para tanto, avisa, serão necessários mais recursos.
Na Justiça
O Ministério Público Federal irá
propor nova ação judicial contra
o ministro Rafael Greca (Esporte
e Turismo) por não ter aberto
concorrência para a construção
da réplica da Nau Capitânia da esquadra de Pedro Álvares Cabral.
Segundo a procuradoria, o governo não pode firmar convênio
com entidades de direito privado
para repasse de recursos financeiros. Isso só é possível se o contratado é uma instituição pública.
Há suspeitas de que Greca tenha
feito o convênio por motivos políticos. O instituto é ligado ao Conselho do Plano Estratégico do Rio
de Janeiro, entidade criada com
apoio da Prefeitura do Rio. A direção do instituto nega.
O presidente do Memorabilia,
Sergio Guilherme Lyra de Aguiar,
disse que não há motivo para justificar uma licitação para a assinatura do convênio.
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