São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2000


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Réplica de caravela tem novo problema

da Agência Folha, em Salvador

da Sucursal de Brasília

Está dando tudo errado para a réplica da Nau Capitânia de Pedro Álvares Cabral, que custou R$ 3,8 milhões ao governo e, devido a problemas técnicos, foi retirada das comemorações dos 500 anos do Brasil, para as quais foi especialmente construída.
O navio zarpou pela terceira vez de Salvador anteontem em direção a Porto Seguro -onde ainda podia chegar para a encenação da primeira missa do Brasil-, mas acabou voltando no começo da madrugada de ontem porque entrou água nos dois motores e o controle remoto do leme falhou. Não há previsão para o conserto.
A embarcação começou a ser construída em 1º de julho de 1998 pelo Clube Naval do Rio de Janeiro na Base Naval de Aratu, em Salvador, sob a responsabilidade técnica do arquiteto naval francês Henri Schlomoff Monsey.
Para o presidente do Clube Naval, o almirante da reserva Domingos Castelo Branco, 64, os fracassos ocorrem por falta de recursos durante a construção.
Segundo ele, a intenção é que, quando começar a funcionar, a embarcação sirva como museu flutuante auto-sustentável. Mas para tanto, avisa, serão necessários mais recursos.

Na Justiça
O Ministério Público Federal irá propor nova ação judicial contra o ministro Rafael Greca (Esporte e Turismo) por não ter aberto concorrência para a construção da réplica da Nau Capitânia da esquadra de Pedro Álvares Cabral.
Segundo a procuradoria, o governo não pode firmar convênio com entidades de direito privado para repasse de recursos financeiros. Isso só é possível se o contratado é uma instituição pública.
Há suspeitas de que Greca tenha feito o convênio por motivos políticos. O instituto é ligado ao Conselho do Plano Estratégico do Rio de Janeiro, entidade criada com apoio da Prefeitura do Rio. A direção do instituto nega.
O presidente do Memorabilia, Sergio Guilherme Lyra de Aguiar, disse que não há motivo para justificar uma licitação para a assinatura do convênio.


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