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Para Odebrecht, técnicos do Ibama são inexperientes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Odebrecht, empreiteira que, juntamente com Furnas, fez os estudos ambientais das hidrelétricas do rio Madeira (RO), avalia que o impasse na liberação das licenças é causado pela inexperiência dos técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
A empresa avalia que a inexperiência e o medo da responsabilização judicial fizeram com que os técnicos do Ibama adotassem posição excessivamente cautelosa. Outro aspecto levantado pela empresa é o fato de o tipo de usina planejado -com turbinas "bulbo", horizontais em relação ao leito do rio- ser pouco usado no Brasil.
"Houve excesso de cautela. Isso precisa ser revisto, de uma forma mais experiente. Os técnicos que analisaram são muito jovens. Há pareceres de especialistas muito mais experientes que descartam os riscos apontados por eles", disse Sérgio França Leão, diretor de Meio Ambiente da Odebrecht. Na avaliação da Odebrecht, o licenciamento não foi negado, porque o diretor do Ibama não acatou o parecer dos técnicos.
O presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Safady, disse ontem que a demora na concessão de licenciamentos ambientais dificultam que o setor privado efetive os investimentos previstos em grandes projetos de infra-estrutura.
"A demora, a incerteza, a burocracia - tudo isso atravanca o crescimento do país e a oferta de empregos em regiões pobres, que precisam muito de desenvolvimento econômico", afirmou Safady: "O governo precisa urgentemente resolver o nó que ele mesmo criou".
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