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São Paulo, segunda-feira, 26 de maio de 2003

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PAINEL

Cabeça aberta
Ao tratar da eleição de 2004, FHC disse a tucanos que José Serra não deveria descartar nenhuma hipótese. Acha que a disputa pela Prefeitura de São Paulo "pode ser boa" para ele.

Equilíbrio futuro
FHC disse que José Serra, hoje, fica "ofendido" quando alguém sugere que dispute a eleição com Marta Suplicy (PT-SP). Mas considera que, em política, é preciso jogar conforme as circunstâncias, "sem meta fixa".

Conjunção astral
O Planalto iniciou uma ofensiva para aumentar as relações comerciais com a Rússia. Depois de Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), José Sarney e Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) irão ao país assinar um acordo espacial. E, em agosto, José Alencar participará de um seminário em Moscou.

Para escanteio
O Planalto avisou aliados que se prepara para esvaziar o PDT. O último motivo de irritação com Brizola foi a propaganda de TV e rádio de seu partido, que cobrou coerência de Lula.

Interferência
Comentário de Alceu Collares (PDT-RS), reclamando da pressão do Executivo sobre o Legislativo: "O Parlamento está adormecido e triste. Nem os militares fizeram tanta pressão sobre o Congresso como o Lula".

Polêmica à vista
Após as votações das medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara, o que deve ocorrer amanhã, João Paulo iniciará a discussão de projetos de segurança. Um dos temas abordados será a proposta que descriminaliza o uso de drogas leves.

Mesa limpa
Lula assinará na próxima semana medida provisória autorizando o aumento de 1% ao funcionalismo. A intenção do presidente é que essa seja a última MP enviada ao Congresso antes da aprovação das reformas.

Controle partidário
Aconselhado pela cúpula do PT, Wagner Rubinelli, suplente de José Dirceu na Câmara, desistiu de pedir CPI sobre o empréstimo do BNDES à empresa AES para a compra da Eletropaulo. Optou por requisitar uma investigação na Procuradoria Geral.

Prioridade absoluta
Rubinelli já havia coletado quase todas as assinaturas necessárias para pedir a abertura de investigação na Câmara. Mas diz que pensou melhor e concluiu que o momento é de dedicação às reformas. "A CPI poderia atrapalhar a discussão".

Só para as reformas
Os oito governadores do PSDB vão se reunir em Brasília na próxima quarta-feira com a bancada federal do partido para explicar todos os detalhes do acordo fechado com Lula para a aprovação das reformas tributária e da Previdência.

Interesse pessoal
Tasso Jereissati defende que o PSDB intensifique a oposição a Lula. Um dos motivos é que os principais adversários políticos do ex-governador do Ceará ganharam cargos públicos federais, como Wellington Landim, José Airton e Sérgio Machado.

Fiscalização reforçada
As emendas apresentadas por parlamentares na área da saúde terão de ser aprovadas pelos respectivos conselhos municipais ou estaduais para serem aceitas pelo ministério. É uma forma que Humberto Costa encontrou para lançar um controle social do Orçamento de sua área.

Tribo ocupada
Os funcionários da presidência da Funai não puderam entrar em seus gabinetes na semana passada. O andar estava ocupado por índios pancararus, xavantes e fulniôs que protestavam por terem perdido cargos com a nova administração.

TIROTEIO

Do deputado Roberto Brant (PFL), sobre a defesa que parlamentares do PT fizeram do salário mínimo de R$ 240, em sessão na semana passada, na qual esse valor acabou aprovado:
- Quem entrasse em coma há um ano e acordasse somente agora, dentro desse plenário, não entenderia absolutamente nada. Diria, como aquele personagem do Jô Soares: "Me tira os tubos, me tira os tubos".

CONTRAPONTO

Chamada oral

Lula levou uma grande comitiva de ministros e parlamentares ao Acre, há duas semanas.
Na ocasião, o petista participou de uma cerimônia junto ao túmulo de Chico Mendes, cumprindo promessa de campanha de agradecer a "mártires" que o ajudaram ao longo dos anos na sua caminhada ao Planalto.
Lula esteve também em uma reunião técnica com governadores e parlamentares da região Norte do país.
Em dado momento do encontro, o ministro Guido Mantega (Planejamento) passou a discursar sobre o PPA (Plano Plurianual) para o período de 2004 a 2007. Mas errou feio a pronúncia dos nomes de vários municípios da região.
Lula não perdoou:
- Se ele estivesse falando sobre cidades da Europa, aposto que não erraria uma. Mas não se preocupem. Até o final do governo ele vai aprender.


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