|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
UDR não possui milícias, afirma Nabhan Garcia
DA AGÊNCIA FOLHA
Luiz Antonio Nabhan Garcia, o presidente nacional da
UDR (União Democrática Ruralista), com sede em Presidente Prudente (SP), disse ontem
que os fazendeiros do Pontal
do Paranapanema estão preocupados com a reorganização
do MST na região.
"Esse papo de milícia de fazendeiros não existe. O que há
de verdade é um cansaço da
nossa classe. Ninguém vai ficar
inerte às invasões de terra, pode ter certeza", disse Nabhan,
que na semana passada enviou
um ofício à Secretaria Estadual
da Segurança Pública alertando sobre a tensão na região.
Neste ano, a meta do governo
paulista é assentar pelo menos
mil famílias no Pontal do Paranapanema, cerca de 20% do
que o líder sem-terra José Rainha Jr. pretende reunir em apenas um acampamento.
Segundo o Itesp (Fundação
Instituto de Terras do Estado
de São Paulo), há uma lista de
1.400 famílias cadastradas na
região. "Elas serão priorizadas", disse o secretário-executivo do Itesp, Jonas Villas Boas.
Dos cerca de 1,1 milhão de hectares do Pontal, pelo menos 473
mil representam terras devolutas já discriminadas. Outros
220 mil, segundo o Itesp, estão
sendo analisados pela Justiça.
O secretário-executivo do
Itesp disse que o governo do
Estado depende de verbas federais para consolidar suas metas
de assentamento. Segundo ele,
com o dinheiro vindo do Incra
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o
Itesp paga as benfeitorias das
fazendas devolutas, sendo 30%
em dinheiro e o restante por
meio de TDAs (Títulos da Dívida Agrária).
"Outro problema neste ano
tem sido a valorização das terras por causa da expansão da
soja. Com isso, as negociações
com os fazendeiros ficam mais
difíceis", disse Villas Boas.
(EDUARDO SCOLESE)
Texto Anterior: Tensão no campo: Rainha pede presença da PF no Pontal Próximo Texto: Aumenta hostilidade no interior do Paraná Índice
|