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Só 10% dos paulistas aprovam gestão Lembo
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A administração do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), que está no cargo há
55 dias, é aprovada por apenas
10% dos eleitores paulistas.
Pesquisa do Datafolha, realizada com 1.884 pessoas nos dias
23 e 24 de maio, mostra ainda
que a gestão do pefelista é regular para 33% e ruim/péssima
para 28%. Não opinaram 28%
dos entrevistados.
A avaliação é bem diferente
da pesquisa do Datafolha dos
dias 6 e 7 de abril sobre a expectativa antes da posse de Lembo.
Naquele momento, 28% esperavam que o governo fosse ótimo/bom, 28% regular e 10%
ruim/péssimo. A margem de
erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De zero a dez, a nota média
obtida por Lembo entre os entrevistados foi de 4,2 pontos.
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o resultado negativo é um reflexo da
crise de segurança que se instalou em São Paulo com a série de
ataques executados pela facção
criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Desconhecimento
"O levantamento reflete ainda o desconhecimento da população em relação à atual gestão de Lembo, que está no cargo
há menos de dois meses. Neste
momento, não é possível dizer
que a avaliação dele melhorou
ou piorou", afirma Paulino.
Mesmo eleitores que declaram voto para o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSDB), que
transmitiu o cargo a Lembo para disputar a eleição presidencial, são críticos em relação ao
desempenho do atual governo.
Só 13% dos que dizem que votarão no tucano afirmam que
consideram a gestão de Lembo
ótima ou boa. Para 20% é ruim
ou péssima e 30% afirmaram
que não sabem avaliar.
Quando Alckmin passou o
cargo para Lembo, no dia 31 de
março, a avaliação do governo
do Estado de São Paulo era bastante positiva -66% consideraram a administração do tucano boa/ótima, 25%, regular e
6%, ruim/péssima.
Críticas
Na semana passada, em entrevista à Folha, Lembo censurou Alckmin pelo distanciamento mantido pelo tucano
durante a crise da segurança
pública. Disse que o ex-governador teria lhe telefonado apenas duas vezes.
Na entrevista, Lembo também atribuiu a culpa principal
pelos ataques do PCC à "minoria branca" que estaria alheia
às necessidades da maior parcela da sociedade. Para Lembo,
a burguesia precisa "abrir a
bolsa". Segundo Paulino, não é
possível afirmar que as críticas
de Lembo tenham influência
na pesquisa.
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