São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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Só 10% dos paulistas aprovam gestão Lembo

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A administração do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), que está no cargo há 55 dias, é aprovada por apenas 10% dos eleitores paulistas. Pesquisa do Datafolha, realizada com 1.884 pessoas nos dias 23 e 24 de maio, mostra ainda que a gestão do pefelista é regular para 33% e ruim/péssima para 28%. Não opinaram 28% dos entrevistados.
A avaliação é bem diferente da pesquisa do Datafolha dos dias 6 e 7 de abril sobre a expectativa antes da posse de Lembo. Naquele momento, 28% esperavam que o governo fosse ótimo/bom, 28% regular e 10% ruim/péssimo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De zero a dez, a nota média obtida por Lembo entre os entrevistados foi de 4,2 pontos.
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o resultado negativo é um reflexo da crise de segurança que se instalou em São Paulo com a série de ataques executados pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Desconhecimento
"O levantamento reflete ainda o desconhecimento da população em relação à atual gestão de Lembo, que está no cargo há menos de dois meses. Neste momento, não é possível dizer que a avaliação dele melhorou ou piorou", afirma Paulino.
Mesmo eleitores que declaram voto para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que transmitiu o cargo a Lembo para disputar a eleição presidencial, são críticos em relação ao desempenho do atual governo.
Só 13% dos que dizem que votarão no tucano afirmam que consideram a gestão de Lembo ótima ou boa. Para 20% é ruim ou péssima e 30% afirmaram que não sabem avaliar.
Quando Alckmin passou o cargo para Lembo, no dia 31 de março, a avaliação do governo do Estado de São Paulo era bastante positiva -66% consideraram a administração do tucano boa/ótima, 25%, regular e 6%, ruim/péssima.

Críticas
Na semana passada, em entrevista à Folha, Lembo censurou Alckmin pelo distanciamento mantido pelo tucano durante a crise da segurança pública. Disse que o ex-governador teria lhe telefonado apenas duas vezes.
Na entrevista, Lembo também atribuiu a culpa principal pelos ataques do PCC à "minoria branca" que estaria alheia às necessidades da maior parcela da sociedade. Para Lembo, a burguesia precisa "abrir a bolsa". Segundo Paulino, não é possível afirmar que as críticas de Lembo tenham influência na pesquisa.


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