São Paulo, sábado, 26 de maio de 2007

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Governadores do NE condenam "processo de execração pública"

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Governadores do Nordeste condenaram ontem em Fortaleza a forma como têm sido tratados os suspeitos de envolvimento no esquema descoberto pela Operação Navalha.
"Na pior das hipóteses, as ações da PF instituem o risco na atividade de corrupção. A impunidade estimulava. O que não podemos é confundir uma investigação com um processo de execração pública", disse Marcelo Déda (PT), de Sergipe.
Para Wellington Dias (PT), do Piauí, pessoas que nem são investigadas "são colocadas como criminosos": "Acho que hoje temos tido mais conhecimento de corrupção, mas a corrupção é até menor", afirmou.
Dos nove governadores do Nordeste, apenas o do Maranhão, Jackson Lago (PDT), não compareceu. Ele é suspeito de ter envolvimento com o caso.
Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, também fez críticas: "Há princípios de direito individual que precisam ser respeitados, porque amanhã pode ser com você". Para Jaques Wagner (PT), da Bahia, o problema é que muitas vezes o esquema de corrupção é desmontado, mas o dinheiro não volta aos cofres públicos. Disse que pediu ao governo para rastrear as obras da Gautama.


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