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Governadores do NE condenam "processo de execração pública"
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Governadores do Nordeste
condenaram ontem em Fortaleza a forma como têm sido tratados os suspeitos de envolvimento no esquema descoberto
pela Operação Navalha.
"Na pior das hipóteses, as
ações da PF instituem o risco
na atividade de corrupção. A
impunidade estimulava. O que
não podemos é confundir uma
investigação com um processo
de execração pública", disse
Marcelo Déda (PT), de Sergipe.
Para Wellington Dias (PT),
do Piauí, pessoas que nem são
investigadas "são colocadas como criminosos": "Acho que hoje temos tido mais conhecimento de corrupção, mas a corrupção é até menor", afirmou.
Dos nove governadores do
Nordeste, apenas o do Maranhão, Jackson Lago (PDT), não
compareceu. Ele é suspeito de
ter envolvimento com o caso.
Cássio Cunha Lima (PSDB),
da Paraíba, também fez críticas: "Há princípios de direito
individual que precisam ser
respeitados, porque amanhã
pode ser com você". Para Jaques Wagner (PT), da Bahia, o
problema é que muitas vezes o
esquema de corrupção é desmontado, mas o dinheiro não
volta aos cofres públicos. Disse
que pediu ao governo para rastrear as obras da Gautama.
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