São Paulo, domingo, 26 de junho de 2005

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OPERAÇÃO CEVADA

Prisão, no último dia 15, foi resultado de ação da Polícia Federal sobre suposto crime de sonegação fiscal

Diretores da Schincariol são liberados em SP

JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os donos da Schincariol e diretores da empresa presos durante a Operação Cevada da Polícia Federal foram soltos na madrugada de ontem. Eles estavam detidos na Superintendência da PF em São Paulo desde o dia 15. Na cidade, 20 pessoas com suposto envolvimento no caso estavam presas. Nove foram liberadas por volta das 3h30, e as demais, às 6h.
Também foi liberado o presidente do conselho de acionistas da cervejaria Petrópolis, fabricante das duas cervejas Itaipava e Crystal, Walter Farias.
A família Schincariol é suspeita de sonegação fiscal e envolvimento nos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção de funcionários públicos.
Os donos e os funcionários da Schin foram soltos após dez dias porque venceu o prazo da prisão temporária. A PF e o Ministério Público Federal não renovaram os pedidos de prisão.
Em uma megaoperação conjunta da Receita e da PF, foram presas 68 pessoas. Ao todo, 20 pessoas foram detidas em São Paulo na Operação Cevada, inclusive os donos da Schin: Adriano (diretor-superintendente), Alexandre (diretor de Recursos Humanos); o tio Gilberto Schincariol (vice-presidente) e seus filhos Gilberto Júnior e José Augusto, ambos diretores.
"O que fizeram é uma brutalidade assustadora", diz Roberto Podval, advogado da Schin. "Essas pessoas foram ouvidas no primeiro dia de prisão e passaram outros nove dias detidas sem razão nenhuma aparente."
No Rio, o gerente da Schin Robinson de Almeida Pinto continuava preso no final da tarde de ontem, apesar de vencida a prisão temporária. Ele está num presídio estadual e, para ser libertado, é preciso um alvará de soltura ou que a PF requisite sua liberdade, já que é um preso sob custódia dessa polícia. "O alvará foi pedido a uma juíza de plantão, mas não obtivemos a decisão. Tivemos de pedir um habeas corpus ao TRF", diz Felipe Amodeo, advogado da Schin. Outras oito pessoas presas no Rio estavam nessa situação.
O MPF de Niterói informou que dentro de dez dias deve apresentar a denúncia contra o grupo.


Colaboraram Claudia Rolli, da Reportagem Local, e Maurício Simionato, da Agência Folha, em Campinas

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