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OPERAÇÃO CEVADA
Prisão, no último dia 15, foi resultado de ação da Polícia Federal sobre suposto crime de sonegação fiscal
Diretores da Schincariol são liberados em SP
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os donos da Schincariol e diretores da empresa presos durante
a Operação Cevada da Polícia Federal foram soltos na madrugada
de ontem. Eles estavam detidos
na Superintendência da PF em
São Paulo desde o dia 15. Na cidade, 20 pessoas com suposto envolvimento no caso estavam presas. Nove foram liberadas por
volta das 3h30, e as demais, às 6h.
Também foi liberado o presidente do conselho de acionistas
da cervejaria Petrópolis, fabricante das duas cervejas Itaipava e
Crystal, Walter Farias.
A família Schincariol é suspeita
de sonegação fiscal e envolvimento nos crimes de evasão de
divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção
de funcionários públicos.
Os donos e os funcionários da
Schin foram soltos após dez dias
porque venceu o prazo da prisão
temporária. A PF e o Ministério
Público Federal não renovaram
os pedidos de prisão.
Em uma megaoperação conjunta da Receita e da PF, foram
presas 68 pessoas. Ao todo, 20
pessoas foram detidas em São
Paulo na Operação Cevada, inclusive os donos da Schin: Adriano (diretor-superintendente),
Alexandre (diretor de Recursos
Humanos); o tio Gilberto Schincariol (vice-presidente) e seus filhos Gilberto Júnior e José Augusto, ambos diretores.
"O que fizeram é uma brutalidade assustadora", diz Roberto
Podval, advogado da Schin. "Essas pessoas foram ouvidas no primeiro dia de prisão e passaram
outros nove dias detidas sem razão nenhuma aparente."
No Rio, o gerente da Schin Robinson de Almeida Pinto continuava preso no final da tarde de
ontem, apesar de vencida a prisão
temporária. Ele está num presídio estadual e, para ser libertado,
é preciso um alvará de soltura ou
que a PF requisite sua liberdade,
já que é um preso sob custódia
dessa polícia. "O alvará foi pedido
a uma juíza de plantão, mas não
obtivemos a decisão. Tivemos de
pedir um habeas corpus ao TRF",
diz Felipe Amodeo, advogado da
Schin. Outras oito pessoas presas
no Rio estavam nessa situação.
O MPF de Niterói informou
que dentro de dez dias deve apresentar a denúncia contra o grupo.
Colaboraram Claudia Rolli, da Reportagem Local, e Maurício Simionato,
da Agência Folha, em Campinas
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