DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Pelo menos 250 ruralistas da região sul de Mato Grosso do Sul cercaram ontem a fazenda Coimbra invadida no domingo pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Itaporã (MS). A manifestação teve a presença do presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antonio Nabhan Garcia.
Nabhan comparou o protesto à reação dos fazendeiros contra a marcha dos sem-terra até São Gabriel (RS). Ele chamou o MST de "organização criminosa" e disse que o país "está sem governo".
O presidente do Sindicato Rural de Itaporã, Maurício Koji Saito, 32, disse que os proprietários rurais estão de prontidão a 500 metros do acampamento dos sem-terra para evitar invasões em outras fazendas da região.
Saito afirmou que os eles vão permanecer em vigília por tempo indeterminado. A UDR vai dar apoio à manifestação, informou Nabhan. Ele chama a região de fronteira agrícola do Brasil.
Segundo Márcio Bissoli, 32, coordenador estadual do MST, os ruralistas impedem a saída e a entrada dos 900 sem-terra que invadiram a área -anteontem, o MST divulgou que 850 famílias invadiram a fazenda.

Invasão
Pela sexta vez neste ano, o prédio do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Cuiabá (MT) foi invadido por sem-terra. A invasão foi liderada pelo MTA (Movimento dos Trabalhadores Rurais Acampados e Assentados). O coordenador estadual do MTA, José Oliveira, disse que 700 sem-terra invadiram o prédio. (HC)


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