DA ENVIADA ESPECIAL A LIMA

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alejandro Toledo definiram como "estratégico" o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Peru. A declaração conjunta afirma que o objetivo dos dois países é instituir entre o Mercosul e a Comunidade Andina (Venezuela, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru) uma zona de livre comércio até dezembro de 2003.
Além de definirem obras de infra-estrutura para ligar os dois países, que em parte serão financiadas pelo BNDES, brasileiros e peruanos fecharam acordo para a obtenção de informações do Sivam. Os governos não falaram de que forma esse ingresso no sistema pelo Peru se dará nem a quantia que será paga para que o país tenha acesso às informações.
Durante todo o processo do acordo de livre comércio entre os dois países, o Peru tinha restrições em relação à Zona Franca de Manaus e à produção agrícola mais competitiva do Mercosul.
Decidiu-se que a questão da Zona Franca será tratada bilateralmente. O Peru conseguiu salvaguardas em relação a certos produtos. Ontem, porém, ocorreu um incidente na reta final das negociações. O Uruguai decidiu não assinar o acordo com o Peru, alegando conflitos de interesses nas negociações. Lula ligou para o presidente uruguaio, Jorge Battle. O país acabou assinando.
O governo brasileiro anunciou ontem a suspensão de alíquotas de importação sobre 17 produtos provenientes do Peru.


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