São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2006

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Toda Mídia

Nelson de Sá

De Chávez para Bush

O "Le Monde" diz que "pela primeira vez a política externa está no coração da campanha". É um exagero, mas é certo que o tema vem surgindo em debate e, no dizer de Rubens Barbosa, "próximo de M. Alckmin", "é a principal diferença" dos dois. O "Monde" ouve o ex-chanceler Celso Lafer, que questiona o terceiro-mundismo de Lula. O chanceler Celso Amorim reage criticando o "unilateralismo num mundo que marcha para a multipolaridade". E diz, "somos pragmáticos, mas não abdicamos da defesa de nossos interesses".
De todo modo, o "Valor" noticiou ontem que Lula, "sem modificar o discurso, prepara-se para fazer uma inflexão na política externa". Seria "provavelmente a maior mudança em estudos para o futuro governo". A relação com os EUA voltaria a ser "preferencial".

 

Distante do debate, o venezuelano Hugo Chávez se dizia ontem, segundo a Reuters, "muito contente" com o Datafolha, porque "tudo indica que teremos Lula como presidente para avançar na integração".

Lula x Alckmin: Quem vai promover o pior engarrafamento de São Paulo?

Do post "QUE VENÇA O PIOR", de Tutty Vasques, ontem no Nomínimo, sobre os comícios de encerramento de campanha na cidade.


PALANQUE No "Jornal Nacional", José Jorge, FHC e Geraldo Alckmin, em cena rápida do comício do PSDB, ontem à noite no centro de São Paulo

REVOADA PARA O SUL
Se a campanha federal só causa aversão, até aos últimos comícios, no Rio Grande do Sul anda grande a revoada -ou a atenção- de petistas e tucanos. Lula falou ontem à RBS; Alckmin, na segunda. No programa petista, ontem, cenas gaúchas por todo lado; no tucano, Yeda Crusius.
Blogs gaúchos independentes tipo A Nova Corja relatam que "baixou o Lula na Yeda", que vem faltando a debates e entrevistas seguidamente, um deles na rádio Gaúcha. O "Zero Hora" notou que, no dia, ela discursou a militantes "durante 15 minutos" apesar da alegada "afonia".
As pesquisas, a começar do "Correio do Povo", apontam avanço de Olívio Dutra. E blogs lulistas tipo RS Urgente postam expressões como "virada", com base no Datafolha.

ESTADOS FAZENDEIROS
A agência AP ainda crê, no título de seu despacho ontem nos sites de "Washington Post" e "New York Times", que os "Fazendeiros podem decidir a eleição no Brasil".
O texto relata a rejeição dos agricultores a Lula, atingidos pelo real valorizado, mas diz que "ele não controla a seca e os mercados externos". Do Paraná, a agência escreve que os "Estados fazendeiros" são a maior base de Alckmin.

ESQUERDA CATÓLICA
A Reuters, por outro lado, noticia nos mesmos sites que "Lula retoma ligação com a esquerda católica". Relata o apoio "bispos políticos" como d. Mauro Morelli e entrevista Frei Betto -que reclama que "os conservadores querem demonizar o presidente, mas as comunidades são a base da igreja e vão apoiar Lula".

MAIS TERCEIRO TURNO
O blog de Jorge Moreno diz que "vem aí o terceiro turno", mas não é nada de "golpe":
- Vai começar a disputa da Presidência da Câmara.
No ringue, "coordenadores das candidaturas de Jaques Wagner e de Ana Júlia", os peemedebistas Geddel Vieira Lima e Jáder Barbalho, mais o atual presidente, Aldo Rebelo.
Na oposição, arrisca o blog, "o PFL deve apoiar Rebelo", assim como os "liderados por Aécio Neves e José Serra, amigos pessoais de Aldo".

NA RETA DE CHEGADA
Mas o ambiente não anda bom na Câmara, neste final de campanha. Depois de ter sido chamado pelo petista Antonio Carlos Biscaia de "assessor parlamentar" de Alckmin, o tucano Carlos Sampaio tratou o colega de CPI por "capacho" de Lula, ontem na Jovem Pan.

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@ - Nelson de Sá


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