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Trunfo do PMDB em Salvador confirmará ascensão na Bahia
ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Na sala de uma produtora na
manhã da última quarta-feira,
com quatro telefones celulares,
o ministro Geddel Vieira Lima
(Integração Nacional) coordenava o fim da campanha do prefeito João Henrique (PMDB) à
reeleição em Salvador.
A cena é emblemática para
entender o quadro eleitoral que
se desenha. João Henrique
chegou ao poder em 2004 pelo
PDT. Era um prefeito com altos
índices de rejeição que foi atraído para o PMDB de Geddel.
Era o terceiro colocado na
disputa até surtirem efeito as
estratégias da campanha: altos
investimentos em publicidade
e um pacote de obras intensificadas nos meses que antecederam a eleição e, em parte, financiadas pelo governo federal (incluindo a pasta de Geddel).
Vencedor do primeiro turno
por uma estreita margem de
votos, João Henrique ampliou
a diferença sobre o candidato
do PT, Walter Pinheiro, no segundo turno e chega neste domingo com vantagem.
O crescimento, afirmam aliados, é fruto sobretudo das
alianças feitas na segunda etapa da disputa, outra ação creditada a Geddel, que trouxe o
apoio do deputado Antonio
Carlos Magalhães Neto (DEM).
Também se alinharam o ex-governador Paulo Souto
(DEM) e o senador César Borges (PR), que fizeram suas carreiras ao lado de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007).
Aliados e adversários descrevem João Henrique como carismático e humilde, mas sem
grande capacidade de liderança. Daí a força do PMDB na gestão municipal, na qual controla
três das principais secretarias.
Na reta final da campanha, o
governador Jaques Wagner
(PT) atacou o prefeito e insinuou que a cidade é governada
pela máquina peemedebista.
Se João Henrique vencer, o
PMDB se confirmará como a
principal força política da Bahia. Nestas eleições, já garantiu
114 das 417 cidade no Estado.
(LETÍCIA SANDER e LUIZ FRANCISCO)
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