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Disputa no PSDB antecede reunião
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A ARAXÁ (MG)
A disputa pelo controle interno
do PSDB permeou a reunião que
antecedeu o encontro com Luiz
Inácio Lula da Silva dos sete governadores tucanos ontem, em
Araxá. "A cúpula do PSDB somos
nós", disse o governador eleito de
Minas, Aécio Neves, ao ser questionado sobre o fato de a conversa
com Lula ter sido marcada à revelia da Executiva Nacional tucana.
Segundo Aécio, "só os frágeis
acham que encontrar o adversário possa ser uma capitulação".
De um modo geral, os governadores tentaram contemporizar a disputa interna que se desenvolve no
interior da sigla. Aécio foi o mais
duro. Ainda assim, ressaltou que
os governadores entraram e saíram da reunião com o presidente
eleito como "oposição".
A Executiva Nacional do PSDB
considerou, semana passada, que
o encontro dos governadores
com Lula era " inconveniente" e
"inaceitável" ter sido marcado
sem consulta prévia à direção do
partido. Uma recomendação para
o cancelamento da reunião chegou a ser cogitada pela Executiva,
que desistiu por concluir que isso
só agravaria mais a crise.
Os governadores se reuniram
na sala Congonhas do Grande
Hotel de Araxá, obra inaugurada
em 1944 e restaurada agora pelo
governo mineiro. Enquanto do
lado de fora eles tentavam contemporizar, reservadamente não
faltaram críticas à direção partidária. "O que não pode é o Zé
Aníbal ficar nos dando carão público", reclamou o governador
eleito da Paraíba, Cássio Cunha
Lima, referindo-se ao presidente
da sigla, José Aníbal (SP).
O governador reeleito de Goiás,
Marconi Perillo, que integra a
Executiva Nacional, saiu em defesa da direção do PSDB, argumentando que era importante preservá-la como instância de negociação". "A Executiva Nacional do
partido é a instância deliberativa
maior que a gente tem."
(RC e PF)
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