São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2006 |
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Painel Renata Lo Prete - painel@uol.com.br A partilha
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o PMDB
têm mantido sucessivas conversas para evitar que o
setor de energia, sobre o qual ambos exercem influência, vire palco de batalha logo no início do segundo
mandato. Os peemedebistas são cautelosos no trato
com a mulher forte do Planalto. O arranjo em negociação prevê que Silas Rondeau continue nas Minas e
Energia. Embora pertença à cota do PMDB, mais especificamente de José Sarney, o ministro consulta
Dilma, sua antecessora, sobre tudo o que importa. Nostalgia. Em reunião no Planalto, Silas Rondeau discorria sobre hidrelétricas quando Lula o atalhou: "Vamos ser sinceros. Os últimos que fizeram coisa importante nessa área foram os governos militares. Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique e eu fomos todos medíocres". Simples. Um dirigente partidário que conhece a vida explica o nervosismo dos aliados diante da falta de pressa de Lula em lotear o governo: "Quem se elegeu está devendo na praça e precisa pagar. Se não tiver cargo, não paga". Mimo. Nos bastidores, Aldo Rebelo (PC do B) se esforça para que Aroldo Cedraz (PFL-BA) seja o deputado contemplado com uma vaga de ministro do TCU. É agrado aos pefelistas, com os quais espera contar para se reeleger presidente da Câmara. Leite com manga. Aldo tem uma base de apoio algo insólita: num extremo, o Planalto; no outro, o PFL. Tabuleiro. Uma parcela do tucano-pefelismo acaricia o projeto de transferir Gilberto Kassab para o PSDB, partido pelo qual ele disputaria a reeleição. Nesse cenário, para entrar na cédula de 2008 Geraldo Alckmin teria de desalojar o prefeito e correligionário.
Alfabeto. Há quem assegure que uma importante licitação em curso acabará em sopa de letras. Juntos, os nomes
dos dois vencedores não formam uma palavra. Um tem
duas letras. O outro, três. Nas nuvens. Do senador Cesar Borges (PFL-BA) sobre o apagão aéreo: "Esta crise mostrou que o ministro da Defesa, Waldir Pires, entende muito de aviação. Está sempre voando sobre todos os problemas da pasta". Fico. O governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos, trata de liquidar as especulações sobre sua substituição na presidência do PSB, alçado ao seleto grupo dos "com fundo partidário". Ele permanecerá até o fim do mandato, ou seja, mais dois anos e meio. Em família 1. O histórico apelido de "capitania hereditária" agora é usado pelos próprios pefelistas, em tom de brincadeira, tamanho o número de filhos e netos que ganharam cadeiras em Brasília.
Em família 2. Aos veteranos Rodrigo Maia (RJ) e ACM
Neto (BA) juntam-se os deputados novatos Efraim Filho
(PB), Felipe Maia (RN) e Paulo Bornhausen (SC), filhos,
respectivamente, dos senadores Efraim Morais, José Agripino e Jorge Bornhausen. Do historiador MARCO ANTONIO VILLA sobre declaração de Osvaldo Bargas, um dos personagens do escândalo do dossiê, segundo quem o partido estava em guerra contra a imprensa na campanha eleitoral. CONTRAPONTO Agora ou nunca
Candidato ao Senado em 1986, Teotonio Vilela Filho,
hoje governador eleito de Alagoas, foi aconselhado a tirar
foto com Frei Damião, capuchinho morto em 1997, muito
popular no Nordeste. Ao lado da equipe de marketing, ele
se acotovelou com fiéis para se aproximar do religioso. |
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