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Ato pró-Chávez reúne 5.000 em Porto Alegre
DO ENVIADO ESPECIAL
"Solidariedade ao povo venezuelano contra o golpismo." Esse
foi o lema da manifestação a favor
do presidente venezuelano Hugo
Chávez realizada diante do Palácio do Governo, em Porto Alegre
(RS), com a presença de cerca de 5
mil pessoas, segundo informou a
Polícia Militar.
Quando Chávez apareceu na sacada do palácio, foi ovacionado
pelos ativistas e disse: "Estamos
muito felizes de estar aqui em
Porto Alegre. Vocês me ouvem.
Lá, não me ouvem". A reação foi
bem diferente quando ensaiou
um elogio ao governador Germano Rigotto, do Rio Grande do Sul.
O público respondeu com uma
sonora vai e gritos de "Olívio, Olívio [Dutra, o ex-governador]".
Bandeiras do Brasil, da Venezuela, do Iraque e de Cuba, do PT
e do PC do B se agitavam no local
enquanto o carro de som fazia críticas aos Estados Unidos. "Eu estou com o povo venezuelano/
Abaixo o imperialismo americano", dizia uma das responsáveis
pela organização do ato.
Houve tumulto quando manifestantes tentaram se aproximar
de Chávez e quando parte da multidão tentou pular de uma rampa
para poder vê-lo melhor. "Repudiamos qualquer tipo de violência. Pedimos aos companheiros
que tenham muita cautela. Não
vamos aceitar provocações",
anunciou, no carro de som, um
dos organizadores.
Personalidades do fórum
No hotel Deville, próximo ao aeroporto de Porto Alegre, Hugo
Chávez se reuniu com cerca de 30
pessoas durante aproximadamente duas horas. Em conversas
separadas, falou com intelectuais,
políticos e personalidades do Fórum Social Mundial, incluindo o
escritor paquistanês Tariq Ali, o
sociólogo português Boaventura
de Souza Santos, o economista
egípcio Samir Amin e o sociólogo
brasileiro Emir Sader.
A reportagem da Folha conversou com alguns participantes
após terem falado com Chávez. O
francês Bernard Cassen, líder do
grupo Attac, foi o primeiro a se
reunir com ele. Cassen disse que
Chávez agradeceu o apoio e que
"o Grupo de Amigos tem membros que não são amigos da Venezuela, como a Espanha e os EUA.
E a oposição venezuelana não é
inteligente, deveria respeitar a
Constituição".
(PDF)
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