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Lula reclama de "generalização" em crítica ao Congresso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva saiu ontem em defesa
do Congresso em solenidade
no Palácio do Planalto ao dizer
que as críticas a parlamentares
são feitas de forma "generalizada, coletiva" e, por isso, é como
se "quem se matou de trabalhar" não tivesse aparecido.
Os deputados e senadores foram atacados, durante a convocação extraordinária do
Congresso, pelo fato de receberem dois salários extras, mas só
terem iniciado as votações na
semana passada.
"Sempre a crítica ao Congresso é coletiva. Desde quando eu era constituinte, minha
mágoa era que, quando queriam mostrar que um deputado não trabalhava, não nominavam quem veio e quem não
veio. Fica tudo muito generalizado. Quem se matou de trabalhar, quem veio para votar, fica
como se não tivesse aparecido", disse, em discurso a diretores de centros federais de
educação tecnológica (Cefets).
Sem mencionar nomes, Lula
criticou o governo de seu antecessor, Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002), ao dizer
que não houve expansão das
universidades federais e dos
centros de educação tecnológica, além de citar vetos a investimentos. "É engraçado porque
essas coisas foram feitas pelos
mentores do Estado moderno.
No conceito deles, o Estado
moderno era um pouco isso
[não expandir a rede pública]."
"Possivelmente, quem fez
um curso de pós-graduação na
Sorbonne não tem essa dimensão. Tenho a exata dimensão
do que vale um curso profissional, por mais simples que seja."
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