São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

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Paulo Coelho e o Irã nuclear

O escritor Paulo Coelho, o brasileiro mais conhecido em Davos (depois de Pelé, que fez sua primeira aparição ontem), está preocupado com a reduzida participação do Irã no encontro anual 2006 do Fórum Econômico Mundial. Nos anos anteriores, os iranianos vieram com delegação reforçada, uma delas comandada pelo então presidente Mohamed Khatami.
Coelho atribui a baixa presença à tensão entre Irã, Estados Unidos e União Européia em torno do programa nuclear iraniano.
Se ele é mesmo mago, é bom começar a se preocupar.
Coisa, aliás, que o chanceler Celso Amorim está fazendo. Saiu de uma entrevista coletiva no começo da noite de ontem e trombou com Mohamed El-Baradei, o xerife dos programas nucleares do planeta, como diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica. Entrou no papo também Amr Mussa, o secretário-geral da Liga Árabe. Cochicharam algum tempo sob os olhares de meio mundo, inclusive da câmera de Sérgio Girz, da Rede Globo.
O egípcio Baradei, ganhador do Nobel da Paz, não quis falar com os jornalistas depois, mas obviamente o tema da conversa foi a reunião da AIEA na semana que vem sobre remeter ao Conselho de Segurança da ONU a questão iraniana, exigência dos Estados Unidos, inaceitável para o Irã.
Amorim não quis dizer que posição o Brasil adotará na AIEA, mas informou que despachou diplomatas para reforçar a missão brasileira em Viena, sede do organismo de vigilância nuclear.


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