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Paulo Coelho e o Irã nuclear
O escritor Paulo Coelho, o brasileiro mais conhecido em Davos
(depois de Pelé, que fez sua primeira aparição ontem), está preocupado com a reduzida participação do Irã no encontro anual 2006
do Fórum Econômico Mundial.
Nos anos anteriores, os iranianos
vieram com delegação reforçada,
uma delas comandada pelo então
presidente Mohamed Khatami.
Coelho atribui a baixa presença
à tensão entre Irã, Estados Unidos
e União Européia em torno do
programa nuclear iraniano.
Se ele é mesmo mago, é bom começar a se preocupar.
Coisa, aliás, que o chanceler Celso Amorim está fazendo. Saiu de
uma entrevista coletiva no começo da noite de ontem e trombou
com Mohamed El-Baradei, o xerife dos programas nucleares do
planeta, como diretor-geral da
Agência Internacional de Energia
Atômica. Entrou no papo também Amr Mussa, o secretário-geral da Liga Árabe. Cochicharam
algum tempo sob os olhares de
meio mundo, inclusive da câmera
de Sérgio Girz, da Rede Globo.
O egípcio Baradei, ganhador do
Nobel da Paz, não quis falar com
os jornalistas depois, mas obviamente o tema da conversa foi a
reunião da AIEA na semana que
vem sobre remeter ao Conselho
de Segurança da ONU a questão
iraniana, exigência dos Estados
Unidos, inaceitável para o Irã.
Amorim não quis dizer que posição o Brasil adotará na AIEA,
mas informou que despachou diplomatas para reforçar a missão
brasileira em Viena, sede do organismo de vigilância nuclear.
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