DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Denunciado pela Procuradoria Geral da República sob a acusação de quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa quando ministro da Fazenda, o deputado Antonio Palocci (PT-SP) disse ao seu advogado, José Roberto Batochio, que "não merecia passar por isso".
Palocci, que passou o dia de ontem em Brasília, não apareceu na Câmara, que teve um dia agitado com discussões sobre a votação do Orçamento e a análise dos destaques da medida provisória que cria a TV pública.
Sua assessoria disse que ele teve compromissos externos, mas não detalhou.
Segundo seu advogado, Palocci ficou surpreso com a denúncia assinada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza.
Também foram denunciados o ex-assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto, e Jorge Mattoso, presidente da Caixa Econômica Federal na época do escândalo e que caiu junto com o ex-ministro, em março de 2006.
"Ficamos surpresos. Ele não quebrou nem pediu para ninguém quebrar o sigilo do caseiro", afirmou Batochio. O advogado disse que ainda não teve acesso a denúncia -ele deve recebê-la em breve, pois terá que apresentar a defesa num prazo de 15 dias após a notificação.
Batochio não comentou as declarações de Mattoso, que negou participação na quebra do sigilo. (LUCAS FERRAZ)

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