São Paulo, sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PARAÍBA

Padre petista é suspenso por defender uso da camisinha

DA AGÊNCIA FOLHA

O arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, suspendeu o deputado federal e padre Luiz Couto (PT-PB) de suas funções como sacerdote porque ele defendeu, em entrevista, o uso da camisinha, os homossexuais e o fim da obrigatoriedade do celibato.
A punição foi decidida após entrevista de Couto ao site Congresso em Foco, reproduzida em jornal local.
À Folha d. Aldo Pagotto -que durante o processo de cassação de Cássio Cunha Lima manifestou solidariedade ao tucano- afirmou que as opiniões de Couto, padre desde 1976, eram desconhecidas por ele e coincidentes com o programa do PT.
"Nós sabemos que o PT tem como programa essas posições, exceto a do celibato. Mas pelo menos a questão do profilático -o presidente Lula distribuiu a rodo camisinhas no Carnaval-, a questão da discriminação homoafetiva, isso também é programa que está dentro do PT. É sabido. Eu não estou julgando, mas sugere sua posição como coincidente como programa do PT", disse.
Couto, que celebrava alguns casamentos e batizados em João Pessoa, está impedido de realizar essas funções até que se retrate.
"Não posso permitir que o sacerdote, embora parlamentar, assumindo essas posições continue a fazê-lo [celebrar missas] sem retratar-se das afirmações que contrariam diametralmente o magistério oficial da igreja."
A assessoria do deputado disse que ele teve problemas de saúde ontem e foi levado ao médico, que sugeriu que ele não desse entrevistas.
O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e o diretório do partido na Paraíba divulgaram notas de solidariedade ao congressista.


Texto Anterior: TJ multa grupo sem-terra por invasão de fazenda em Minas
Próximo Texto: Rumo a 2010: Para ministro, ação da oposição é "descabida"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.