São Paulo, terça-feira, 27 de abril de 2004 |
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TODA MÍDIA Cartel
Nelson de Sá
Não ajuda Antes que os governadores tomassem Brasília, o tucano Geraldo Alckmin, de São Paulo, surgiu ao vivo no Bom Dia Brasil e pisou no freio: - Nós não somos favoráveis a essa questão da renegociação das dívidas, porque isso não ajuda o Brasil. Ataque O mesmo não se podia dizer de outros governadores presentes à reunião, como Rosinha e Roberto Requião. Fernando Rodrigues, em comentário à tarde, no UOL News: - A reunião é um ataque especulativo ao Tesouro. Dividido, o encontro acabou tirando, no destaque do JN, um genérico pedido de mais "desenvolvimento". Bom senso A Globo achou harmonia no Brasil profundo. De uma reportagem, ontem: - Enquanto o país discute índios e garimpeiros, os agricultores e xavantes de Mato Grosso comemoram juntos a primeira colheita em parceria. Eles já disputaram terras e hoje provam que, com bom senso, é possível superar as diferenças. Kerry e o Brasil O democrata John Kerry divulgou seu programa de comércio exterior, como registrou a U.S Newswire. É um aviso aos que sonham, por aqui, com troca de comando nos EUA. Em defesa dos "fazendeiros" e "trabalhadores", o adversário de George W. Bush promete, entre outras coisas, aumentar o número de ações contra outros países na Organização Mundial do Comércio. E menciona que o Brasil acionou muito mais os EUA do que o contrário. "Minha Vida" A exemplo de FHC, Bill Clinton está para publicar as suas memórias, segundo a agência Associated Press. Seu editor diz que será "uma das melhores e mais reveladoras memórias" que já publicou. Sob o título "My Life", escrito entre "palestras de US$ 150 mil" que o ex-presidente faz regularmente, o livro deve sair daqui a pouco mais de um mês. Cena John Kerry, segundo o "New York Times", teme que o lançamento das memórias leve Clinton a roubar a cena da sua já enfraquecida campanha. MAIS FMI Da bíblia financeira "Financial Times", ontem: - Brasil e FMI concordaram em estudar como canalizar mais recursos para infra-estrutura sem enfraquecer o compromisso com a austeridade fiscal. Isso daria mais liberdade para o país "apoiar projetos como rodovias, portos e estradas de ferro", o que é visto como "caminho para acelerar a recuperação depois da crise financeira de 2002". Mas, encerra o jornal, "alguns diretores do FMI estão preocupados". Entre eles pode estar Anne Krueger, diretora interina do Fundo. O argentino "La Nacion" ouviu Krueger, que relatou que "a maioria" dos diretores do FMI "recomendou que se dê mais importância a resguardar os investimentos públicos, especialmente em infra-estrutura". Daí os testes "em vários países", caso do Brasil, mas não da Argentina. A notícia ecoou pelo mundo. No Brasil, foi manchete entusiasmada, no JN. PS - A Argentina não gosta mesmo de Anne Krueger. A Globo News deu que o ex-presidente Eduardo Duhalde referiu-se a ela com um palavrão -em tupi-guarani. Texto Anterior: História: Folha promove amanhã debate sobre Diretas-Já Próximo Texto: Brasil profundo: PF busca novos corpos em reserva indígena Índice |
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