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SÃO PAULO
Temor era prejudicar a recuperação do governador
Médicos suspendem quarta e última quimioterapia de Covas
da Reportagem Local
Os médicos do governador de
São Paulo, Mário Covas (PSDB),
cancelaram a quarta e última sessão de quimioterapia preventiva a
que o tucano se submeteria neste
final de semana.
Pesou na decisão de suspender o
quarto ciclo o risco de que os efeitos colaterais decorrentes da quimioterapia comprometessem a
saúde do governador, prejudicando sua recuperação. Covas se submeteu, em dezembro, a uma operação para retirada de tumor na
bexiga.
Segundo os médicos, o governador teve uma série de efeitos colaterais durante o tratamento, o que
acabou provocando queda no sistema de defesa do organismo.
Com a realização da última sessão,
ele poderia ficar mais exposto a infecções.
"Com os três ciclos de quimioterapia, todo o benefício que se esperava foi alcançado com 95% de
probabilidade. O risco de fazer a
quarta aplicação não compensaria
o pequeno benefício que essa última sessão traria", explicou o urologista Sami Arap, chefe da equipe
que operou Covas em dezembro.
O governador vinha fazendo um
tratamento quimioterápico de natureza preventiva, ou seja, que tinha o objetivo de evitar o desenvolvimento de células cancerosas
que eventualmente tivessem permanecido no organismo dele.
Com a quimioterapia, Covas teve
queda de cabelo e diminuição do
número de glóbulos brancos e de
plaquetas. Também houve redução do número de glóbulos vermelhos, provocando anemia. Outro
efeito colateral foi uma inflamação
nas mucosas, ocasionando alteração no paladar.
De acordo com o infectologista
David Uip, os exames colhidos ontem já indicaram a normalização
desses sintomas. A próxima avaliação do quadro de Covas deverá
ser feita daqui a dois ou três meses.
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