São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

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OUTRO LADO

Governador evita comentar

DO ENVIADO ESPECIAL A VITÓRIA

O governador José Ignácio Ferreira (PTN) só vai se pronunciar a respeito do pedido de intervenção em seu Estado "quando julgar conveniente falar", afirmou o secretário de Comunicação do Espírito Santo, José Nunes Dias.
Conforme Dias, Ferreira também não comentaria as declarações do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado, Agessandro da Costa Pereira, segundo as quais o crime organizado domina a administração.
Da mesma forma, Dias diz que o governador não vai apresentar argumentos que se contraponham à declaração do ministro da Justiça, Miguel Reale Jr., para quem a intervenção poderá ocorrer.
"Não há chance nem motivação para intervenção", disse o secretário. "O governador José Ignácio Ferreira tem convicção de que não haverá intervenção, e sob nenhum ponto de vista isso pode acontecer. Quando ficar comprovado que não há motivo para intervenção, essa será a resposta ao presidente da OAB", afirmou.

Assembléia
O presidente da Assembléia Legislativa do Estado, José Carlos Gratz, disse que o presidente da OAB é "um esclerosado que não sabe o que está falando".
"Ele tem esclerose múltipla. E o ministro da Justiça ir à TV falar de intervenção é parte de um complô desses elementos da OAB mancomunados com o PT e a Igreja."
O presidente da Assembléia perguntou por que a OAB "não aponta os culpados e o tipo de crime que é cometido".
Com relação às denúncias de que ele seria banqueiro do jogo do bicho, Gratz disse: "Só se o presidente da OAB for sócio".
Para ele, "o Espírito Santo é um paraíso comparado com o Rio ou com São Paulo, que tem um sequestro por hora. Mas ninguém fala de intervir lá".
"É uma pena que tenha no país um ministro que diga uma besteira tão grande", afirmou. (LC)


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