São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2004 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Geografia
Depois da China, o México. O
encontro da América Latina
com a Europa, em Guadalajara, é
tema para uma série do "El País"
sobre "as grandes economias",
caso do Brasil, ontem.
Do "Washington Post" ao "Editor & Publisher", colunas e sites dos EUA tripudiam a nota do "New York Times" sobre sua própria cobertura das armas de destruição em massa (leia mais à pág. A13). A Slate fala que o "NYT" só fez correções "depois de gastar o seu doce tempo", quase dois anos após o primeiro texto. O Democracy Now diz que as reportagens "falsas" de Judith Miller, que fez a maioria, "foram chaves para justificar a guerra". Outro sublinhou que Miller nem foi citada na nota. Bill Keller, editor do "NYT", num e-mail à redação que foi reproduzido no site de mídia Poynter.org, se explicou: - A nota não é uma tentativa de achar bode expiatório... Ela não vai satisfazer nossos críticos, mas não foi escrita para eles. É uma tentativa de acertar fatos, o que fazemos como ponto de honra. Para os que imaginam qual é o próximo capítulo, ele é: nós continuamos fazendo jornalismo. O final se refere ao caso Jayson Blair e à queda de Howell Raines, editor anterior. A nota do "NYT" insinuou que a culpa é dele. E Raines, no mesmo Poynter.org, respondeu: - Não concordo que os problemas com as reportagens tenham ocorrido porque alguns se sentiram pressionados a obter furos... Da minha parte, em 25 anos no "Times", eu nunca pus nada no jornal que não acreditasse estar pronto. China na OEA A agência Xinhua entrou ontem à noite com despacho destacando que "a Organização dos Estados Americanos aceitou formalmente a China como um observador permanente". Pressões Em reportagem com o título "EUA questionam as táticas do Brasil nas conversas comerciais", a "Forbes" reproduz crítica de "um funcionário americano": - O Mercosul parece querer mais dos Estados Unidos do que da União Européia, mas parece estar oferecendo menos. Um só dado O "Financial Times" noticiou que "temores com o mercado de trabalho enfraquecem reativação econômica do Brasil". Mas Lula, ao que parece, não quer nem ver o desemprego. Dele, ainda na China, aos sites: - Eu só queria dar um dado. De janeiro a abril, foram criados 534 mil novos empregos. É o maior desde 1992. Estou falando do maior dos últimos 12 anos. Abusos parecidos A Folha On Line entrevistou o pesquisador do Brasil na Anistia Internacional -e o UOL deu em manchete a opinião dele de que "os abusos dos EUA e Brasil são parecidos: tortura, mortes ilegais, condições de detenção". Na Jovem Pan, o pesquisador ressaltou "a violência da polícia nas grandes cidades". Movimento No despacho da agência AP com as críticas da Anistia aos EUA, reproduzido em jornais do mundo todo, a secretária-geral da entidade, Irene Khan, disse ter se emocionado com "os milhões que foram às ruas contra a guerra do Iraque" e com "o Fórum Social Mundial no Brasil": - Esses são sinais reais de um movimento global por justiça. Temores A agência Knight Rider, da maior cadeia de jornais dos EUA, entrou à noite informando que "o Brasil tentou acalmar temores" ontem, dizendo que "não tomou decisão" quanto a vender urânio. Texto Anterior: Dia popular: Presidente se encontra com 150 brasileiros Próximo Texto: Trabalho escravo: Prefeito é condenado a desembolsar R$ 280 mil Índice |
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