São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2004

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PT

Deputados são contra mínimo de R$ 260

Genoino se reúne com "rebeldes" da bancada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PT, José Genoino, e o líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (SP), vão levar hoje aos 21 deputados do partido que pretendem votar contra o salário mínimo de R$ 260 a proposta de reivindicar do governo uma política de recuperação do salário mínimo a médio prazo.
Foi adiada a reunião com toda a bancada -90 deputados federais- que fecharia questão a favor desse valor.
A estratégia, no entanto, não deve surtir o efeito esperado. "Essa proposta vem com um certo atraso. Sempre dissemos que para dobrar o poder de compra do salário mínimo [proposta de campanha do partido] era preciso ter uma política de longo prazo. Isso parece um casuísmo do bem", disse o deputado Chico Alencar (PT-RJ).
A idéia surgiu ontem em reunião de Genoino com Chinaglia, o presidente da comissão de Orçamento, deputado Paulo Bernardo (PT-PR), e deputados do campo majoritário do partido
"Uma das hipóteses levantadas é que essa política de recuperação permanente seja feita em função do crescimento do PIB", disse Bernardo. No ano passado o PIB recuou 0,2%.

Ordem de cima
A Executiva Nacional do PT fechou questão a favor do salário mínimo de R$ 260 na última segunda-feira e a bancada na Câmara fará o mesmo hoje.
"O PT já tem posição e ela interfere no comportamento das bancadas dos outros partidos. A Executiva Nacional não é extra corpórea, ela representa o conjunto de forças do PT. A bancada tem que funcionar institucionalmente", afirmou Chinaglia.
Dos 21 deputados petistas que afirmam ser "impossível" defender os R$ 260, apenas dez devem sustentar essa posição até o final e votar contra.


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