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PT
Deputados são contra mínimo de R$ 260
Genoino se reúne com "rebeldes" da bancada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PT, José Genoino, e o líder da bancada petista na
Câmara dos Deputados, Arlindo
Chinaglia (SP), vão levar hoje aos
21 deputados do partido que pretendem votar contra o salário mínimo de R$ 260 a proposta de reivindicar do governo uma política
de recuperação do salário mínimo a médio prazo.
Foi adiada a reunião com toda a
bancada -90 deputados federais- que fecharia questão a favor desse valor.
A estratégia, no entanto, não deve surtir o efeito esperado. "Essa
proposta vem com um certo atraso. Sempre dissemos que para dobrar o poder de compra do salário
mínimo [proposta de campanha
do partido] era preciso ter uma
política de longo prazo. Isso parece um casuísmo do bem", disse o
deputado Chico Alencar (PT-RJ).
A idéia surgiu ontem em reunião de Genoino com Chinaglia, o
presidente da comissão de Orçamento, deputado Paulo Bernardo
(PT-PR), e deputados do campo
majoritário do partido
"Uma das hipóteses levantadas
é que essa política de recuperação
permanente seja feita em função
do crescimento do PIB", disse
Bernardo. No ano passado o PIB
recuou 0,2%.
Ordem de cima
A Executiva Nacional do PT fechou questão a favor do salário
mínimo de R$ 260 na última segunda-feira e a bancada na Câmara fará o mesmo hoje.
"O PT já tem posição e ela interfere no comportamento das bancadas dos outros partidos. A Executiva Nacional não é extra corpórea, ela representa o conjunto
de forças do PT. A bancada tem
que funcionar institucionalmente", afirmou Chinaglia.
Dos 21 deputados petistas que
afirmam ser "impossível" defender os R$ 260, apenas dez devem
sustentar essa posição até o final e
votar contra.
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