São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 2005

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No Japão a convite do presidente, congressistas batem boca sobre CPI

DO ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO

A instalação da CPI dos Correios fez esquentar o clima entre os congressistas convidados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o atual giro pela Ásia. O vice-líder do governo na Câmara Beto Albuquerque (PSB-RS) protagonizou uma discussão com o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) em pleno saguão do edifício do escritório de trabalho do primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi.
No início da noite, os congressistas chegaram ao local para um jantar com Lula e o premiê japonês. Albuquerque explicava a jornalistas a derrota do dia anterior. "O PT é um problema, mas é um problema de 20 parlamentares. A base do governo é de 280 parlamentares. Não é justo que se fique só atribuindo ao PT as responsabilidades. Porém quando o PT não fecha questão, dá mau exemplo e estimula a deserção", disse.
Antes, havia falado sobre uma manobra da oposição na Comissão de Constituição e Justiça para ampliar o escopo de investigação da CPI. "Foi um jogo na CCJ de ampliação da CPI. [...] Foi feita com pressa e malandragem com o claro objetivo de desestabilização." Nesse momento, o senador tucano interveio. "Queria dizer uma coisa como uma pessoa do PSDB. A grande malandragem foi cometida dentro dos Correios por aquele funcionário. Vou preferir deslocar essa malandragem para o personagem principal", declarou Eduardo Siqueira Campos.
"Se não é malandragem, é esperteza", respondeu Beto Albuquerque. Ao que Siqueira Campos emendou: "Mas o PT ajudou muito". A discussão parou por ali, pois já era tarde e os congressistas foram chamados para o jantar.
Além de Albuquerque e Siqueira, integram a comitiva os deputados João Caldas (PL-AL), João Herrmann Neto (PDT-SP) e Hidekazu Takayama (PMDB-PR).


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