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No Japão a convite do presidente, congressistas batem boca sobre CPI
DO ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO
A instalação da CPI dos Correios fez esquentar o clima entre
os congressistas convidados pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o atual giro pela Ásia. O
vice-líder do governo na Câmara
Beto Albuquerque (PSB-RS) protagonizou uma discussão com o
senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) em pleno saguão
do edifício do escritório de trabalho do primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi.
No início da noite, os congressistas chegaram ao local para um
jantar com Lula e o premiê japonês. Albuquerque explicava a jornalistas a derrota do dia anterior.
"O PT é um problema, mas é um
problema de 20 parlamentares. A
base do governo é de 280 parlamentares. Não é justo que se fique
só atribuindo ao PT as responsabilidades. Porém quando o PT
não fecha questão, dá mau exemplo e estimula a deserção", disse.
Antes, havia falado sobre uma
manobra da oposição na Comissão de Constituição e Justiça para
ampliar o escopo de investigação
da CPI. "Foi um jogo na CCJ de
ampliação da CPI. [...] Foi feita
com pressa e malandragem com o
claro objetivo de desestabilização." Nesse momento, o senador
tucano interveio. "Queria dizer
uma coisa como uma pessoa do
PSDB. A grande malandragem foi
cometida dentro dos Correios por
aquele funcionário. Vou preferir
deslocar essa malandragem para
o personagem principal", declarou Eduardo Siqueira Campos.
"Se não é malandragem, é esperteza", respondeu Beto Albuquerque. Ao que Siqueira Campos emendou: "Mas o PT ajudou
muito". A discussão parou por ali,
pois já era tarde e os congressistas
foram chamados para o jantar.
Além de Albuquerque e Siqueira, integram a comitiva os deputados João Caldas (PL-AL), João
Herrmann Neto (PDT-SP) e Hidekazu Takayama (PMDB-PR).
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