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Gaerco solicita à PF dados sobre contrato em Mauá
Promotores pedem que procurador-geral contate STJ
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Gaerco (Grupo de Atuação
Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) do ABC vai pedir à Polícia Federal documentos que
contenham qualquer menção à
contratação da empresa Ecosama, de Zuleido Veras, pela Prefeitura de Mauá, em 2003.
Os promotores do órgão, com
sede em Santo André, enviaram ofício ao procurador-geral
de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, para que ele faça o pedido à ministra Eliana Calmon,
do Superior Tribunal de Justiça, responsável pelo inquérito.
Desde 2005, a promotora
Adriana de Morais investiga a
contratação da Ecosama pela
administração do petista Oswaldo Dias (2001-2004) para
gerir o sistema de abastecimento de água e esgoto de Mauá.
"Queremos saber se há correlação entre o ato de improbidade administrativa que está
sendo investigado e possíveis
crimes contra a administração
pública." O Ministério Público
quer também analisar toda a
documentação anexada ao inquérito, como contratos de outras empresas de Zuleido, entre
elas a Mandala, que executa
serviços da Ecosama em Mauá.
Grampos
Conforme a Folha revelou
na semana passada, a PF interceptou um telefonema de 2006
em que a diretora comercial da
Gautama, Maria de Fátima Palmeira, relata a seu chefe, Zuleido, que Claudio Scalli, ex-assessor de Dias, telefonou e deixou um número de celular para
que o empresário retornasse.
A Folha ligou para o número
na quarta-feira e Scalli, um dos
integrantes da comissão de licitação que deu vitória à Ecosama, atendeu o telefone. Porém,
negou contato com Zuleido.
Nas conversas gravadas pela
PF, Dias também é citado. Zuleido pede à sua diretora comercial o telefone do petista. O
ex-prefeito se recusa a comentar o assunto, mas defende o
contrato com a Ecosama.
Anteontem, o atual prefeito,
Leonel Damo (PV), nomeou
um interventor para a empresa, que chegou a ter suas contas
bloqueadas pela Justiça.
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