São Paulo, Quinta-feira, 27 de Maio de 1999
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PSDB vai manter apoio a ex-ministro

MARTA SALOMON
da Sucursal de Brasília

O ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros receberá hoje apoio do PSDB para continuar como seu principal porta-voz econômico. Na primeira reunião da nova executiva do partido, os tucanos vão insistir na defesa de ajustes na política econômica, mas tratarão com cautela da possibilidade de Mendonça de Barros voltar ao governo.
O retorno de Mendonça de Barros foi vetado pelos principais partidos da aliança governista. Este é um dos preços que o PFL e o PMDB cobram pelo apoio dado na véspera ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
Diante do conteúdo de novas conversas telefônicas gravadas relativas à privatização do Sistema Telebrás, PMDB e PFL reforçaram as críticas ao ex-ministro.
""Não há condições de volta (do ex-ministro) ao governo. Não estou examinando a justiça ou não. Mas tem de se ter respeito à opinião pública", condenou o presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
A cúpula do PMDB liberou seus filiados para criticarem a atuação do ex-ministro e dos demais comandantes do processo de privatização das empresas de telefonia. O presidente do partido, senador Jader Barbalho (PA), chegou a chamá-los de ""incompetentes".
Como Mendonça de Barros é um dos símbolos da ofensiva do PSDB para se diferenciar dos demais partidos governistas na disputa de poder pela sucessão de FHC, a cúpula tucana não cogita de fechar o espaço dado ao ex-ministro no partido
""É um companheiro nosso, que vai nos ajudar nessa fase", disse o presidente do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho (AL). ""É evidente que o Mendonça atrai os holofotes e isso não vai mudar." Ele disse que a volta do ex-ministro ao governo ""não está em discussão".


Colaborou Raquel Ulhôa, da Sucursal de Brasília


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