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ORÇAMENTO
Congresso aprova LDO e mantém o ajuste fiscal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Congresso manteve ontem as
principais diretrizes fiscais da política econômica do governo na
aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2004.
A lei foi aprovada simbolicamente, por meio de um acordo entre
os partidos, em sessão conjunta
da Câmara e do Senado, e vai agora para sanção presidencial.
A LDO recebeu 2.022 emendas
durante a tramitação. Das 430
acatadas pelo relator, a maioria
era referente a ajustes de redação.
Três foram as mudanças principais. A primeira destina 30% da
arrecadação da Cide (Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico) à aplicação em
infra-estrutura de transportes.
Como a previsão de arrecadação
para 2004 é de R$ 10 bilhões, o valor vinculado fica em R$ 3 bilhões.
O acordo, que atendeu à pressão de PMDB, PFL, PSDB, PP e
PPS, foi costurado com o aval dos
ministros José Dirceu (Casa Civil)
e Antonio Palocci Filho (Fazenda), mas não há garantias de que
o ponto será sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Outra importante alteração é a
que deixa fora do contingenciamento, em 2004, verbas relativas a
custeio e manutenção das Forças
Armadas, a ações de ciência e tecnologia e ao repasse anual de R$
100 milhões a Tocantins, como
prevê a Constituição até 2005.
Por fim, ficou estabelecida uma
meta de crescimento de 50%, em
relação aos três últimos exercícios, do valor financiado pelo
BNDES a micro, pequenas e médias empresas.
Alguns pontos saíram sem modificação em relação ao texto entregue pelo Executivo. Entre eles,
está o superávit primário de 4,5%
do PIB até 2006. Foi mantida a
previsão de crescimento da economia de 3,5% em 2004, chegando a 4,5% em 2006. A previsão para a taxa básica de juros da economia ficou em 14,88% em 2004, na
média, contra os atuais 26%.
A previsão de aumento do salário mínimo e dos salários dos servidores continua fora da LDO. A
oposição, por meio de emenda do
PFL, tentou estabelecer a determinação de um reajuste real de
25% ao mínimo em 2004, mas a
proposta foi rejeitada.
(RANIER BRAGON)
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