São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 2005

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ENCENAÇÃO

No Teatro Oficina, petistas declaram apoio à reeleição de Suplicy

PT nada teme, afirma Genoino

Emiliano Capozoli B./Folha Imagem
Eduardo Suplicy, entre Aloizio Mercadante e João Paulo Cunha, em plenária no Teatro Oficina


DA REPORTAGEM LOCAL

"O PT não tem o que temer, está de cabeça erguida, está sereno para superar mais essa dificuldade." Foi o que afirmou, ontem, o presidente nacional do partido, José Genoino, durante uma plenária organizada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para seus eleitores, no Teatro Oficina, em São Paulo.
Genoino disse que as acusações de corrupção sofridas pelo partido são apenas "denúncias concretas", restritas aos Correios e ao Congresso Nacional.
A plenária foi organizada por Eduardo Suplicy para avaliação do seu mandato. Além do presidente do PT, o senador Aloizio Mercadante (SP), o deputado federal João Paulo Cunha (SP), a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, o diretor de teatro José Celso Martinez e o advogado e economista Plínio de Arruda Sampaio realizaram discursos de apoio ao senador. Vestida com roupas de festa junina, a vereadora Soninha Francine (SP) foi mestre de cerimônias.
Em relação a seu suposto envolvimento com o "mensalão", Genoino afirmou tratar-se de "uma brincadeira, uma inverdade, uma acusação infundada". "Isso não tem nada a ver com o PT", disse.
João Paulo Cunha confirmou que conhece Marcos Valério e disse que o publicitário freqüentou sua casa e que eles tomaram café juntos várias vezes, tudo "de forma oficial". Segundo o deputado, o publicitário nunca fez nenhum comentário relativo ao suposto "mensalão".
Aloizio Mercadante disse não conhecer o publicitário Marcos Valério e atribuiu o "ambiente permanente de crise" à força da oposição e à proximidade das eleições de 2006.
Os membros da cúpula do PT manifestaram apoio à reeleição de Eduardo Suplicy, no próximo ano. "O companheiro Suplicy, como uma liderança importante deste partido, vai na campanha de 2006 não só continuar representando o PT no Senado Federal mas ser uma liderança fundamental para que o PT eleja o governo do Estado de São Paulo", afirmou Genoino.
Suplicy afirmou que chegou a pensar que sua reeleição poderia ser ameaçada devido ao episódio em que contrariou a decisão do partido e votou a favor da CPI dos Correios, em maio deste ano. Após as novas denúncias de corrupção relativas ao "mensalão", o governo federal voltou atrás e decidiu apoiar a criação da CPI dos Correios.
O senador disse considerar acertada a decisão de José Dirceu de deixar a Casa Civil e que acha que o PT deve conceder uma licença remunerada ao seu secretário-geral, Sílvio Pereira, e ao tesoureiro, Delúbio Soares, "para que possam dedicar-se inteiramente ao esclarecimento dos fatos".(FLÁVIA MANTOVANI)

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