São Paulo, sábado, 27 de junho de 1998

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PAINEL

Tapete puxado
Candidato a suplente de senador na chapa do pefelista Cabrera em SP, Manoel Pires da Costa renunciou. O objetivo da manobra, articulada pela direção paulista do PFL, é barrar a candidatura de Cabrera, que, sem Costa, não poderia ser registrada.

Dedo baiano
A operação para detonar a candidatura pefelista ao Senado por São Paulo foi feita com aval e apoio de ACM. Maluf se queixou de ataques que vem sofrendo de Antonio Cabrera, que perdeu o prometido apoio do PPB.

Não entendeu
De Antonio Cabrera, sobre a manobra do PFL paulista para derrubar a sua candidatura ao Senado com a renúncia de seu suplente: "Agora, não há mais empecilho para o PPB indicar o suplente e me apoiar".

Escorregão
Pegou mal entre aliados FHC ter dito que recorreu a "maldades desnecessárias" no Pacote 51 para mostrar à comunidade internacional que tinha coragem de adotar medidas impopulares. Uma raposa diz que tais maldades são responsáveis pela taxa de desemprego de 18,9% (Dieese).

Flap recolhido
A recuperação de FHC em algumas pesquisas serviu para ACM parar de criticar a campanha do presidente, que julgava muito mole em relação a Lula. A amigos, diz que agora vai se preservar, poupando o Planalto de comentários mais ácidos.

Guerra de dinossauros
Para retaliar Miguel Arraes (PE), que entregou para o PT a vaga ao Senado em sua chapa, Leonel Brizola está ameaçando vetar o nome de Saturnino Braga (PSB) na chapa de Anthony Garotinho (PDT) no Rio.

Não colou
No PT, pouca gente leva a sério que Erundina venha a trabalhar nos bastidores pela candidatura de Marta Suplicy ao governo de São Paulo. O PSB vai de Rossi (PDT), e ela só estaria querendo não se queimar com as bases.

Esticando a corda
O peemedebista Renan Calheiros (Justiça) telefonou ontem para Hélio Garcia (PTB-MG). Disputado por PSDB e PMDB para compor a chapa ao Senado, o ex-governador foi evasivo. Ele pende para o PMDB, mas só deve se definir na última hora.

Costura federal
A ação de Jorge Bornhausen e de ACM (que detesta Itamar) foi fundamental para que o PFL mineiro abandonasse o PMDB a fim de se juntar ao PSDB de Eduardo Azeredo. Pimenta da Veiga articulou pelos tucanos.

Todos desinteressados
Além da pressão da cúpula nacional, o PFL mineiro fechou com o PSDB porque não levou a vice na chapa do PMDB. E Itamar só deu o posto a Newtão porque não havia como ganhar a candidatura na convenção.

Sensibilidade tucana
Os delegados do PSDB paulista começam a chegar à capital para a convenção de amanhã às 9h. Mas não há nada marcado até o começo da tarde. "Covas não quer ser o único mal-humorado no evento", ironiza um tucano.

Na mesma moeda
Quando foi ao MS inaugurar ponte rodoferroviária, FHC não convidou Pedro Pedrossian para a festa. Saiu o troco: PFL e PPB baniram o nome do presidente das convenções que indicarão Pedrossian ao governo estadual.

Propaganda
Além do rádio e televisão, o governo decidiu ocupar a Internet para fazer propaganda do aniversário do real. Desde ontem, 120 imagens sobre as novas moedas estarão disponíveis no endereço www.planalto.gov.br.

Visita à Folha
O embaixador Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.

O presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do consultor da presidência Luís Fernando Emediato.

TIROTEIO

De João Paulo (PT-SP), sobre FHC dizer que, em seu governo, os ministérios sociais nunca se transformaram em "alavanca eleitoral":
- Não poderia ser diferente. Os ministérios não fizeram nada nesses quatro anos.

CONTRAPONTO

Agente infiltrado
O governador Mário Covas (PSDB) foi nesta semana ao Itaim Paulista, bairro da zona leste de São Paulo, participar da inauguração de um hospital.
Covas, que tenta a reeleição, enfrenta uma campanha difícil. Nas pesquisas de intenção de voto, os candidatos Paulo Maluf (PPB) e Francisco Rossi (PDT) se alternam na liderança.
No evento de inauguração do hospital, um dos últimos discursos coube a uma freira, que vai participar da sua administração.
Depois dos agradecimentos de praxe, ela completou, invocando a ajuda divina para a tarefa que viria:
- Agora, vamos pegar na mão de Deus!
Nessa hora, o deputado estadual Paulo Teixeira (PT), que tem base eleitoral na região, não resistiu. Cutucou os tucanos José Aníbal e Walter Feldman:
- Olha lá. Ela já fez a opção dela pelo Rossi (que gravou um hino religiosos com o refrão "Segura na mão de Deus").



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