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SUCESSÃO
Medida do pacote de novembro, que não chegou a ser concretizada, havia sido criticada pelo presidente FHC
Corte de servidores seria injusto, diz Malan
ISABEL CLEMENTE
em São Paulo
A demissão de
33 mil servidores públicos,
anunciada pelo
governo no fim
do ano passado
dentro do pacote de medidas de
contenção de gastos, "seria
(uma) injustiça", disse o ministro
Pedro Malan (Fazenda).
Evitando comentar as declarações do presidente Fernando Henrique Cardoso, que em entrevista
anteontem classificou de desnecessárias algumas "maldades"
divulgadas na ocasião, Malan disse que o governo faria uma revisão
dessas propostas.
"Daí termos dado início à trajetória de declínio das taxas de juros três semanas depois do aumento".
A demissão em massa teria sido
uma das ações mais impopulares
do governo, que pretende reduzir
a taxa de desemprego do país até o
fim do ano.
Prioridade do comando da campanha reeleitoral de FHC, o combate ao desemprego tem como objetivo voltar às médias anteriores
ao pacote de novembro passado.
Reforma administrativa
Malan disse que havia suspeitas
sobre a confiabilidade do cadastro
dos servidores com menos de dois
anos de emprego, alvos da ameaça
não cumprida. "O governo não
queria cometer injustiças."
E disse a reforma administrativa,
que permite a demissão de funcionários públicos que não comparecerem ao trabalho ou não corresponderem às suas atribuições, é
mais coerente. A reforma foi promulgada no dia 4 deste mês.
"Não tenho dúvida de que entre os não-estáveis, até conheço alguns, havia gente dedicada, enquanto outros com mais de dois
anos, esses sim, talvez merecessem ir para a rua", disse.
Em relação à autorização de aumento de gastos dos ministérios, o
ministro disse que o aumento da
arrecadação foi uns fatores favoráveis à decisão.
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