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Contrato com governo
depende de apurações
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O futuro do contrato da Kroll
com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) dependerá do
avanço das investigações da Polícia Federal sobre espionagem
contra integrantes do governo.
Subordinada ao Ministério da
Ciência Tecnologia, a Finep recorreu a Kroll para localizar dez
empresas que deram prejuízo de
R$ 200 milhões aos cofres públicos. O contrato prevê que a Kroll
tenha o acordo ampliado, para a
recuperação de outros R$ 500 milhões, se ela for bem-sucedida.
Esse projeto, porém, desabará
se a PF concluir que a empresa investigou o presidente do Banco
do Brasil, Cássio Casseb, e o ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), como descrito
em relatório obtido pela Folha.
Diretor de Administração e Finanças da Finep, Michel Labaki,
avisa que, comprovada a espionagem, o contrato será rescindido.
"Até agora, a Kroll tinha toda credibilidade. Se for confirmada a
denúncia, a coisa muda de figura
e rescindiremos imediatamente".
Como o contrato é experimental, a Kroll receberá R$ 550 mil
-dos quais, R$ 119 mil referentes
ao último mês de junho, já autorizados- para encontrar os dirigentes dessas dez empresas. Beneficiadas com financiamentos
para projetos de ciência e tecnologia, elas não pagaram ao governo.
Se a Kroll recuperar parte do dinheiro, estará credenciada para a
caça de toda a verba sorvida pela
inadimplência: R$ 700 milhões.
"Isso já foi contabilizado como
perda. Estamos com dificuldade
de encontrar os dirigentes dessas
empresas. Se a Kroll encontrar
pelo menos uma parte, ampliaremos o contrato", explicou Labaki.
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