São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presidenciáveis se atacam no rádio no penúltimo dia do programa eleitoral

DA REDAÇÃO

No penúltimo dia de horário eleitoral no rádio e na TV, os dois principais presidenciáveis abandonaram ontem à noite os ataques, diferentemente do que haviam feito na semana passada. Sob o risco de perder no primeiro turno, Geraldo Alckmin mostrou um programa em que repetiu suas propostas e sua biografia. Luiz Inácio da Silva criticou veladamente os antecessores e insistiu no discurso antimudança.
Ontem, de atual na propaganda do ex-governador, vieram acusações feitas pelo seu apresentador, que novamente falou sobre o dossiê. Os tucanos criticaram a falta de informações e os "dólares que entraram ilegalmente no Brasil". Já Lula estreou um jingle que reforça a fala da reeleição: "Não troco o certo pelo duvidoso/ Eu quero Lula de novo".
Na semana passada, motivados pelo material falso contra tucanos negociado por petistas, os dois candidatos trocaram acusações na TV. Alckmin afirmara que "o presidente tem a obrigação de saber o que se passa ao seu redor", enquanto Lula chegou a falar em "desespero dos perdedores".
Ontem, nenhum dos dois usou seu discurso para falar de dossiê. Alckmin mostrou uma fala repetida em que enalteceu suas realizações como governador, sem mencionar os acontecimentos recentes.
Quando falou, o petista comparou seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso, exibindo números, e prometeu: "Não tenho dúvida de que poderemos fazer um governo ainda melhor do que o que estamos fazendo". Antes, sua apresentadora afirmou que "Lula colocou o Brasil nos trilhos" após encontrar o país enfrentando "instabilidade economia, cortes em programas sociais e desemprego recorde".
Após ver mais assessores envolvidos em corrupção, disse: "Sei onde buscar pessoas dentro e fora do governo. (...) Irei buscar meus novos colaboradores onde houver gente boa, competente e com vontade de fazer um Brasil melhor".
Em seu jingle novo, um samba, adotou o discurso do medo: "Não vou jogar fora o que ganhei/ Perder tudo o que alcancei/ Voltar para o sufoco/ Pra que começar tudo do zero?".
Em seguida, referências aos adversários: "Não vou deixar a velha turma/ Me enganar/ Por mais que eles tentem/ Não vão voltar/ Quanto mais eles mentem/ Não vão ganhar/ Não sou bobo, não sou louco/ É Lula de novo/ Com a força do povo".


Texto Anterior: Berzoini vai ao QG de Lula, mesmo afastado
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.