|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Presidenciáveis se atacam no rádio no penúltimo dia do programa eleitoral
DA REDAÇÃO
No penúltimo dia de horário
eleitoral no rádio e na TV, os
dois principais presidenciáveis
abandonaram ontem à noite os
ataques, diferentemente do
que haviam feito na semana
passada. Sob o risco de perder
no primeiro turno, Geraldo
Alckmin mostrou um programa em que repetiu suas propostas e sua biografia. Luiz Inácio da Silva criticou veladamente os antecessores e insistiu no discurso antimudança.
Ontem, de atual na propaganda do ex-governador, vieram acusações feitas pelo seu
apresentador, que novamente
falou sobre o dossiê. Os tucanos
criticaram a falta de informações e os "dólares que entraram
ilegalmente no Brasil". Já Lula
estreou um jingle que reforça a
fala da reeleição: "Não troco o
certo pelo duvidoso/ Eu quero
Lula de novo".
Na semana passada, motivados pelo material falso contra
tucanos negociado por petistas,
os dois candidatos trocaram
acusações na TV. Alckmin afirmara que "o presidente tem a
obrigação de saber o que se passa ao seu redor", enquanto Lula
chegou a falar em "desespero
dos perdedores".
Ontem, nenhum dos dois
usou seu discurso para falar de
dossiê. Alckmin mostrou uma
fala repetida em que enalteceu
suas realizações como governador, sem mencionar os acontecimentos recentes.
Quando falou, o petista comparou seu governo com o de
Fernando Henrique Cardoso,
exibindo números, e prometeu:
"Não tenho dúvida de que poderemos fazer um governo ainda melhor do que o que estamos fazendo". Antes, sua apresentadora afirmou que "Lula
colocou o Brasil nos trilhos"
após encontrar o país enfrentando "instabilidade economia,
cortes em programas sociais e
desemprego recorde".
Após ver mais assessores envolvidos em corrupção, disse:
"Sei onde buscar pessoas dentro e fora do governo. (...) Irei
buscar meus novos colaboradores onde houver gente boa,
competente e com vontade de
fazer um Brasil melhor".
Em seu jingle novo, um samba, adotou o discurso do medo:
"Não vou jogar fora o que ganhei/ Perder tudo o que alcancei/ Voltar para o sufoco/ Pra
que começar tudo do zero?".
Em seguida, referências aos
adversários: "Não vou deixar a
velha turma/ Me enganar/ Por
mais que eles tentem/ Não vão
voltar/ Quanto mais eles mentem/ Não vão ganhar/ Não sou
bobo, não sou louco/ É Lula de
novo/ Com a força do povo".
Texto Anterior: Berzoini vai ao QG de Lula, mesmo afastado Próximo Texto: Frase Índice
|