São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2007

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Pela CPMF, governo apóia troca-troca

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para conseguir aprovar a emenda da CPMF (imposto do cheque) no Senado, o governo tenta atrair ao menos seis parlamentares da oposição para partidos da base, aproveitando problemas regionais que estão inviabilizando a permanência de alguns políticos em sua legenda atual.
PSDB, DEM e PSOL somam 31 senadores -do total de 81-, mas há oposicionistas no PDT e no PMDB, o que torna a margem do governo apertada.
Não há a expectativa de que todos os senadores que negociam migrar para a base aliada passem a defender integralmente o governo, mas a intenção é que tenham liberdade para aprovar a CPMF.
Caso o cenário se confirme, a principal desidratação ocorreria no DEM, hoje com 17 senadores. O governo tenta atrair César Borges (BA), Demóstenes Torres (GO), Romeu Tuma (SP), Jayme Campos (MT) e Jonas Pinheiro (MT). No DEM, todos serão obrigados a votar contra a CPMF.
"É uma posição fechada na bancada", diz o líder da sigla na Casa, José Agripino Maia (RN).
Dos cinco democratas, o que tem destino certo é César Borges, que deve assumir a presidência do PR na Bahia. Em troca, levará "ex-carlistas" para disputar prefeituras e cadeiras de vereador na Bahia.
Tuma negocia ir para PMDB ou PTB. Em São Paulo, o DEM aposta em Guilherme Afif Domingos em 2010. Afif é secretário de Trabalho de José Serra (PSDB-SP). E Tuma "deve" ao governo a nomeação do seu filho, Romeu Tuma Jr., na Secretaria Nacional de Justiça.
Oposicionista ferrenho, Demóstenes é considerado caso difícil, mas teve uma briga com o presidente da Fundação Tancredo Neves (ligada ao DEM), Vilmar Rocha (GO).
"Não quero sair, é complicado. Vou para onde?", disse. A senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) também deverá mudar de sigla. O destino deverá ser o PDT. (SILVIO NAVARRO, ANDREZA MATAIS e VALDO CRUZ)

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