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Pela CPMF, governo apóia troca-troca
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para conseguir aprovar
a emenda da CPMF (imposto do cheque) no Senado, o governo tenta atrair
ao menos seis parlamentares da oposição para partidos da base, aproveitando
problemas regionais que
estão inviabilizando a permanência de alguns políticos em sua legenda atual.
PSDB, DEM e PSOL somam 31 senadores -do total de 81-, mas há oposicionistas no PDT e no
PMDB, o que torna a margem do governo apertada.
Não há a expectativa de
que todos os senadores
que negociam migrar para
a base aliada passem a defender integralmente o
governo, mas a intenção é
que tenham liberdade para aprovar a CPMF.
Caso o cenário se confirme, a principal desidratação ocorreria no DEM, hoje com 17 senadores. O governo tenta atrair César
Borges (BA), Demóstenes
Torres (GO), Romeu Tuma (SP), Jayme Campos
(MT) e Jonas Pinheiro
(MT). No DEM, todos serão obrigados a votar contra a CPMF.
"É uma posição fechada
na bancada", diz o líder da
sigla na Casa, José Agripino Maia (RN).
Dos cinco democratas, o
que tem destino certo é
César Borges, que deve assumir a presidência do PR
na Bahia. Em troca, levará
"ex-carlistas" para disputar prefeituras e cadeiras
de vereador na Bahia.
Tuma negocia ir para
PMDB ou PTB. Em São
Paulo, o DEM aposta em
Guilherme Afif Domingos
em 2010. Afif é secretário
de Trabalho de José Serra
(PSDB-SP). E Tuma "deve" ao governo a nomeação do seu filho, Romeu
Tuma Jr., na Secretaria
Nacional de Justiça.
Oposicionista ferrenho,
Demóstenes é considerado caso difícil, mas teve
uma briga com o presidente da Fundação Tancredo
Neves (ligada ao DEM),
Vilmar Rocha (GO).
"Não quero sair, é complicado. Vou para onde?",
disse. A senadora Patrícia
Saboya (PSB-CE) também
deverá mudar de sigla. O
destino deverá ser o PDT.
(SILVIO NAVARRO, ANDREZA MATAIS e VALDO CRUZ)
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