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Aécio critica gestão Lula e reafirma oposição ao PT
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O governador Aécio Neves e
o PSDB mineiro, seu partido,
reafirmaram ontem ser oposição ao PT e, durante convenção
estadual do partido, não pouparam críticas à gestão Lula,
notadamente na questão ética.
Aécio aproveitou recentes
polêmicas envolvendo o governo federal para dizer que em
sua gestão, em Minas Gerais,
não há reparos a serem feitos.
O governador tucano citou o
editorial da Folha de ontem
acerca das irregularidades cometidas no governo federal:
"Hoje, vemos o editorial da Folha de S.Paulo dizendo que, infelizmente, o discurso ético daqueles que estavam na campanha não tem paralelo com a
ação daqueles que estão no
Executivo. Em Minas, esse reparo não existe. Ética para nós
é pressuposto fundamental e
incondicional para chegarmos
aonde vamos chegar".
Lembrado pelo novo presidente da seção mineira do
PSDB como opção para "um
dia" o PSDB voltar à Presidência da República, Aécio disse:
"Se hoje somos fortes, escrevam, seremos muito mais fortes ainda ao final deste governo. Sem arrogância e sem prepotência, mas com trabalho".
O governador também cobrou da bancada do PT na Assembléia Legislativa apoio às
medidas do interesse de Minas
na reforma tributária.
No plenário do Legislativo
mineiro, onde ocorreu a convenção, cartazes criticavam o
"desvio" de recursos da saúde
por parte do governo do presidente Lula.
Rumo a 2004
Os tucanos procuraram afastar os rumores sobre uma
aliança do PSDB com o PT para
a Prefeitura de Belo Horizonte,
embora o presidente eleito, deputado federal Nárcio Rodrigues, tenha dito que o PSDB vai
dialogar se o PT do prefeito
Fernando Pimentel procurar o
partido para conversar.
A opção primeira do PSDB,
conforme apurou a Agência
Folha, é apoiar a candidatura
de João Leite (PSB), secretário
de Desenvolvimento Social e
Esportes na gestão Aécio. O ex-deputado federal e vice-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, recém-filiado ao PSDB,
comporia a chapa com o ex-goleiro do Atlético-MG.
Aécio disse que a sucessão de
Pimentel só será discutida em
abril de 2004. Ele não exclui
conversas com o PT, mas disse
que "essa não é uma aliança natural" dos tucanos.
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