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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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Aécio critica gestão Lula e reafirma oposição ao PT

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador Aécio Neves e o PSDB mineiro, seu partido, reafirmaram ontem ser oposição ao PT e, durante convenção estadual do partido, não pouparam críticas à gestão Lula, notadamente na questão ética.
Aécio aproveitou recentes polêmicas envolvendo o governo federal para dizer que em sua gestão, em Minas Gerais, não há reparos a serem feitos.
O governador tucano citou o editorial da Folha de ontem acerca das irregularidades cometidas no governo federal: "Hoje, vemos o editorial da Folha de S.Paulo dizendo que, infelizmente, o discurso ético daqueles que estavam na campanha não tem paralelo com a ação daqueles que estão no Executivo. Em Minas, esse reparo não existe. Ética para nós é pressuposto fundamental e incondicional para chegarmos aonde vamos chegar".
Lembrado pelo novo presidente da seção mineira do PSDB como opção para "um dia" o PSDB voltar à Presidência da República, Aécio disse: "Se hoje somos fortes, escrevam, seremos muito mais fortes ainda ao final deste governo. Sem arrogância e sem prepotência, mas com trabalho".
O governador também cobrou da bancada do PT na Assembléia Legislativa apoio às medidas do interesse de Minas na reforma tributária.
No plenário do Legislativo mineiro, onde ocorreu a convenção, cartazes criticavam o "desvio" de recursos da saúde por parte do governo do presidente Lula.

Rumo a 2004
Os tucanos procuraram afastar os rumores sobre uma aliança do PSDB com o PT para a Prefeitura de Belo Horizonte, embora o presidente eleito, deputado federal Nárcio Rodrigues, tenha dito que o PSDB vai dialogar se o PT do prefeito Fernando Pimentel procurar o partido para conversar.
A opção primeira do PSDB, conforme apurou a Agência Folha, é apoiar a candidatura de João Leite (PSB), secretário de Desenvolvimento Social e Esportes na gestão Aécio. O ex-deputado federal e vice-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, recém-filiado ao PSDB, comporia a chapa com o ex-goleiro do Atlético-MG.
Aécio disse que a sucessão de Pimentel só será discutida em abril de 2004. Ele não exclui conversas com o PT, mas disse que "essa não é uma aliança natural" dos tucanos.



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