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CPI sabia da propina, diz Cachoeira
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O empresário de jogos Carlos
Augusto de Almeida Ramos, 40, o
Carlinhos Cachoeira, disse ontem
não ter dúvidas de que o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) falava em nome da CPI da Loterj quando supostamente pediu
propina de R$ 4 milhões para inocentá-lo nas investigações.
Cachoeira falou após a Assembléia Legislativa do Rio aprovar o
relatório da CPI pedindo as prisões dele e de Waldomiro Diniz.
"Não tenho dúvidas, não. Ele
[André Luiz] falava em nome de
alguns membros da CPI", disse.
A prova de que a CPI sabia da
propina é, segundo Cachoeira, o
depoimento prestado por ele em
Goiânia em abril: a CPI concordou em interrogá-lo lá, e não no
Rio, para mostrar que, se houvesse propina, o relatório não pediria
sua prisão. "O depoimento em
Goiânia foi para [a CPI] mostrar
força. Quanto tem alguma coisa,
você mostra, entendeu?"
Para Cachoeira, o relatório foi
votado de forma precipitada e
aprovado por conta das acusações: "Os trabalhos não foram
concluídos, faltando ainda a análise de fatos importantes, como a
quebra de sigilo do Waldomiro.
Isso foi provocação para me intimidar". "Não me curvarei a essas
provocações. Estou à disposição
da Justiça e do Ministério Público
do Rio para esclarecimento, além
entregar meu passaporte".
(HC)
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