São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2004

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CPI sabia da propina, diz Cachoeira

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O empresário de jogos Carlos Augusto de Almeida Ramos, 40, o Carlinhos Cachoeira, disse ontem não ter dúvidas de que o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) falava em nome da CPI da Loterj quando supostamente pediu propina de R$ 4 milhões para inocentá-lo nas investigações.
Cachoeira falou após a Assembléia Legislativa do Rio aprovar o relatório da CPI pedindo as prisões dele e de Waldomiro Diniz. "Não tenho dúvidas, não. Ele [André Luiz] falava em nome de alguns membros da CPI", disse.
A prova de que a CPI sabia da propina é, segundo Cachoeira, o depoimento prestado por ele em Goiânia em abril: a CPI concordou em interrogá-lo lá, e não no Rio, para mostrar que, se houvesse propina, o relatório não pediria sua prisão. "O depoimento em Goiânia foi para [a CPI] mostrar força. Quanto tem alguma coisa, você mostra, entendeu?"
Para Cachoeira, o relatório foi votado de forma precipitada e aprovado por conta das acusações: "Os trabalhos não foram concluídos, faltando ainda a análise de fatos importantes, como a quebra de sigilo do Waldomiro. Isso foi provocação para me intimidar". "Não me curvarei a essas provocações. Estou à disposição da Justiça e do Ministério Público do Rio para esclarecimento, além entregar meu passaporte". (HC)


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