DA REPORTAGEM LOCAL

Leia trechos da entrevista com Edsom Ortega, 47, secretário nacional de Habitação no governo FHC e indicado a falar pela campanha de José Serra (PSDB). (SC)
 

Folha - Qual a sua avaliação da gestão do PT para a habitação?
Edsom Ortega -A avaliação que temos é que ela fez muito pouco perto do tamanho do problema. Nos números da prefeitura fala-se em 41 mil moradias, mas você não entende o que foi feito e o que pretendem fazer. Levantamos e não encontramos 10 mil moradias.

Folha - A prefeitura informa que fez 24 mil unidades até hoje.
Ortega -Não chega a isso. Fizemos auditoria. É mais desejo do que ação. Compare com o Estado.

Folha - Já comparamos. O Estado fez menos de 15 mil na capital.
Ortega -Mas a CDHU vai passar de 29 mil até o final deste ano. O que temos da prefeitura é 9.730 entregues e 1.006 em obras [a prefeitura fala em 28,7 mil no total].

Folha - Mas 29 mil não é pouco?
Ortega -Há duas políticas de habitação na cidade. O município faz de um jeito, a CDHU, de outro. Nem os cadastros de pretendentes se falam. Faremos um plano integrado com o Estado.

Folha - Mas 29 mil não é pouco?
Ortega -Estou falando do planejamento integrado porque nós acreditamos que com isso é possível reduzir o custo de produção e fazer muito mais. Os recursos sempre serão insuficientes, mas eles poderão gerar mais benefício se houver integração das diversas fontes e planejamento das prioridades. A parceria pode potencializar o efeito do investimento.

Folha - Investir em quê?
Ortega -Não há conflito acerca do conceito dos programas. Ninguém discorda que a ênfase das políticas tem de ser viabilizar alternativas de moradia adequada.


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