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CEARÁ
Técnicos da Funasa foram libertados no final da tarde
Índios fazem 2 reféns para exigir o conserto de uma bomba d'água
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Dois agentes da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) ficaram
24 horas reféns de índios pitaguaris, em Maracanaú (região metropolitana de Fortaleza). Os índios
exigiam o conserto de uma bomba d'água para o abastecimento
da aldeia. O local estava sem água
havia duas semanas.
Os técnicos da Funasa só foram
liberados no final da tarde de ontem, quando foi instalada uma
nova bomba para puxar a água do
reservatório da aldeia.
Um dos reféns dos índios, Salomão Nóbrega Tahim, disse que
foi bem tratado e que não chegou
a ser ameaçado de morte. "Trabalho com os índios há 18 anos e todos me conhecem", afirmou, por
telefone, logo após ser libertado.
A Polícia Federal nem chegou a
ser acionada para solucionar o
problema. A falta d'água na comunidade começou há 15 dias,
quando o motor da bomba d'água
quebrou. Segundo a Funasa, não
havia como consertá-la e foi necessário comprar um equipamento novo, o que causou um atraso
pela burocracia.
A Funasa, que é a entidade responsável pelo abastecimento, informou que, mesmo antes do seqüestro dos técnicos, já havia
comprado o novo equipamento e
iria instalá-lo de qualquer forma.
Ontem, em Fortaleza, o dia foi
ainda marcado por outros dois
protestos. Um, em frente ao Incra,
feito por agricultores que reclamavam da seca. O outro protesto,
em frente ao Dnocs, foi feito por
agricultores que integram o Movimento dos Atingidos por Barragens. Eles alegam ter sido afetados
pela construção do açude Castanhão e querem ser reassentados.
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