São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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CEARÁ

Técnicos da Funasa foram libertados no final da tarde

Índios fazem 2 reféns para exigir o conserto de uma bomba d'água

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Dois agentes da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) ficaram 24 horas reféns de índios pitaguaris, em Maracanaú (região metropolitana de Fortaleza). Os índios exigiam o conserto de uma bomba d'água para o abastecimento da aldeia. O local estava sem água havia duas semanas.
Os técnicos da Funasa só foram liberados no final da tarde de ontem, quando foi instalada uma nova bomba para puxar a água do reservatório da aldeia.
Um dos reféns dos índios, Salomão Nóbrega Tahim, disse que foi bem tratado e que não chegou a ser ameaçado de morte. "Trabalho com os índios há 18 anos e todos me conhecem", afirmou, por telefone, logo após ser libertado.
A Polícia Federal nem chegou a ser acionada para solucionar o problema. A falta d'água na comunidade começou há 15 dias, quando o motor da bomba d'água quebrou. Segundo a Funasa, não havia como consertá-la e foi necessário comprar um equipamento novo, o que causou um atraso pela burocracia.
A Funasa, que é a entidade responsável pelo abastecimento, informou que, mesmo antes do seqüestro dos técnicos, já havia comprado o novo equipamento e iria instalá-lo de qualquer forma.
Ontem, em Fortaleza, o dia foi ainda marcado por outros dois protestos. Um, em frente ao Incra, feito por agricultores que reclamavam da seca. O outro protesto, em frente ao Dnocs, foi feito por agricultores que integram o Movimento dos Atingidos por Barragens. Eles alegam ter sido afetados pela construção do açude Castanhão e querem ser reassentados.


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