DA AGÊNCIA FOLHA

A assessoria de imprensa da deputada Suely Campos (PP-RR), mulher de Neudo Campos, informou que ele não foi algemado ou conduzido a força para o camburão, além de ter colaborado com os policiais. "Foi um ato arbitrário. Ele sequer foi ouvido quando da investigação", disse a deputada por meio de sua assessoria.
Até o fechamento desta edição, a Folha não havia conseguido localizar os advogados de Berinho Bantim, Ângelo Paiva e Vera Regina.
Flamarion Portela afirmou que tomou as medidas possíveis para acabar com o esquema e que não receia que as investigações cheguem a seu nome. De acordo com o petista, ele exonerou as pessoas de seu primeiro e segundo escalões presas ou procuradas pela PF devido à "comoção pública".
"Assumi o governo, em abril, tentando reestruturar o Estado, dar uma nova configuração ao governo. Eu não poderia entrar e sair demitindo todo mundo sem critérios. Eu tinha a perspectiva de ser reeleito e não poderia fazer isso com os servidores públicos."
Para Flamarion, as variações na folha de pagamento durante sua gestão, em 2002, têm razões técnicas. "Chamei 4.000 professores que haviam passado em concurso público. Dei um aumento linear aos servidores de 5%, fiz concurso para a PM e para a Defensoria Pública. Tudo isso onera a folha."
Em relação à conta de R$ 5 milhões aberta em dezembro, o governador alegou que a medida foi necessária para facilitar o pagamento do servidores públicos.
Flamarion negou, por meio de sua assessoria, que tenha pedido a seu antecessor, Neudo Campos, a inclusão da amiga Sônia Nattrodt em tabela de salário composta em sua maioria por servidores "fantasmas".
O secretário de Comunicação de Roraima, Weber Negreiros, confirmou o vínculo de amizade entre Flamarion e Nattrodt, mas afirmou que a tabela especial de assessoria era um instrumento legal de pagamento de servidores contratados sem concurso público.


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