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CORRUPÇÃO
Governo elege novos focos preferenciais de fiscalização
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Transações do setor imobiliário, financiamentos obtidos por ONGs e contratos
de publicidade firmados por
agências privadas com órgãos do governo foram eleitos alvos preferenciais nas
ações do governo para combater os crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro.
Os temas fazem parte das
30 metas que estarão em discussão, a partir do dia 29, em
Ribeirão Preto (SP), na quarta versão da Encla, a Estratégia Nacional de Combate à
Lavagem de Dinheiro.
Neste ano, a reunião dos
62 órgãos que atuam na área
passou a se chamar Enccla,
sob a coordenação conjunta
do DRCI (Departamento de
Recuperação de Ativos e
Cooperação Jurídica Internacional) e da Controladoria
Geral da União. O "c" a mais
significa que as políticas públicas também buscarão sufocar a corrupção.
A Enccla segue, assim, recomendação do Tribunal de
Contas da União e da CPI dos
Correios. Como se fosse um
efeito "Marcos Valério", o
TCU e a comissão incluíram
na pauta de debates a necessidade de estabelecer regras
de maior controle sobre os
contratos de publicidade firmados pelo governo. Diante
do escândalo do mensalão, as
principais linhas de investigação da Polícia Federal e do
Ministério Público identificaram que os contratos publicitários de Valério teriam
servido para desviar dinheiro do Estado para campanhas políticas, alimentando
o caixa dois de candidatos.
Quanto às ONGs, segundo
o diretor-geral do DRCI, Antenor Madruga, a idéia é elaborar um anteprojeto de lei
que estabeleça meios de fiscalizar e controlar recursos
dessas organizações, que
"muitas vezes têm sido usadas para lavar dinheiro de
crimes, como a corrupção".
Já o setor imobiliário deve
se transformar em 2007 em
foco preferencial das ações
do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras.
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