São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 1997.




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Painel


Agora é moda

O sindicato dos aeronautas já foi sondado por empresas aéreas, inclusive por uma das três maiores, sobre redução de salário e de horas de vôo por mês. Para depois das férias, fim do pico no setor, virá nova investida.

Sopa de letrinhas
A Executiva Nacional do PSB faz nova tentativa, em 21 de janeiro, para tentar se definir entre os nomes de Lula (PT), Ciro Gomes (PPS) e Sepúlveda Pertence (STF) para presidente. Pertence só aceitaria se PT, PDT e nanicos da esquerda fossem juntos.

Roteiro cearense
Tendendo a disputar o Senado, Tasso Jereissati é tido por alguns tucanos como candidato imbatível a ministro da Saúde em um eventual 2º mandato de FHC. Creditam a ele a avaliação de que, se tiver êxito, seria candidato do PSDB ao Planalto em 2002.

Anos de tramitação
Auxiliares de Maluf, acostumados a ver o chefe metido em batalhas judiciais, dizem que Pitta tem motivo forte para crer que ficará na Prefeitura de São Paulo, apesar de uma condenação em 1ª instância: basta confiar na morosidade da Justiça.

Bom de gaveta
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, foi apelidado por colegas de engavetador-geral. A oposição a ele diz que a Procuradoria hoje é tão submissa ao Executivo quanto no tempo do regime militar.

Objeto do desejo
FHC disse aos jornalistas que trabalham no Planalto que gostaria de sair desacompanhado pelas ruas: "Não posso fazer isso. Nunca mais fiz". Depois, ironizou: "Vocês não imaginam como eu fico triste quando consigo escapar de vocês".

Muito a explicar
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbana de São Paulo), estatal presidida por Goro Hama, enviou cartas no final de ano a políticos e empresários para se defender da acusação de compra superfaturada de terreno.

Tucano indecifrável
Um grupo de auxiliares antigos de Covas, que costuma estar presente em todas as suas campanhas, diz que está se preparando como se o chefe fosse disputar o Senado. Há quem ache que é só despiste, mas há quem esteja levando o plano bem a sério.


Movimento baiano
Deputados do PFL já ouviram elogios de ACM a Crésio Rolim, baiano que ocupa a presidência do INSS. O cacique pefelista deseja colocá-lo na vaga de Reinhold Stephanes (Previdência).

As brigas de sempre
Lula articula um acordo entre Marta Suplicy e Antonio Palocci para dar suporte à pré-candidatura da deputada federal ao governo paulista em 98. A esquerda do PT já bombardeia a operação.

Fila à vista
A partir de janeiro, as 37 taxas cobradas pela Polícia Federal devem ser pagas por meio de novo formulário. Vale para emissão de passaporte, porte de arma e registro de estrangeiro. As gráficas serão autorizadas a imprimir e vender o novo modelo.

Criador e criatura
Maluf convidou Pitta e sua família para passar o Natal em sua casa, em São Paulo. Divulgou o feito com o objetivo de mostrar que os dois estariam unidos.

O espírito de Minas
Lideranças tucanas e peemedebistas de médias e pequenas localidades de Minas trabalham com a avaliação de que Itamar (PMDB) será candidato a governador em 98. Com apoio de FHC, que rifaria Eduardo Azeredo, tucano e atual governador.

Reação dos padrinhos

A bancada do PMDB da Paraíba preparou uma nota de apoio a Gilvan Pires, diretor acusado de irregularidades no DNER e indicado pelo senador Ney Suassuna, do partido. Também dizem que ele é vítima de injustiça.

Não custa sonhar
Chico Santa Rita, marketeiro da pré-candidatura de Carlos Wilson (PSDB) ao governo de Pernambuco, acha que, se o senador passar Arraes (PSB) nas pesquisas, polarizará com o peemedebista Jarbas Vasconcelos.

TIROTEIO

De Marcelo Déda (PT-SE), sobre o ágio de mais de 900% pago na privatização do metrô do Rio:
- Ou o espírito natalino invadiu o coração dos empresários, ou sob FHC o Estado brasileiro continua sendo o que sempre foi, um eterno Papai Noel.

Contraponto

Lado bom de uma confusão Na primeira disputa eleitoral enfrentada pelo PT, em 1982, Lula já tinha fama nacionalmente como o líder sindical mais importante das greves do ABC no fim dos anos 70. Fisicamente, porém, era menos conhecido.
Os petistas brincavam que bastava ser barbudo, gordinho e sindicalista para ser imediatamente confundido com Lula.
Márcio Cândido, sindicalista do setor de telecomunicações e candidato a deputado estadual pelo PT mineiro, encaixava-se perfeitamente no perfil.
Em campanha na cidade de Juiz de Fora (MG), Cândido passava desapercebido até que uma mulher gritou para uma amiga, apontando para ele:
- Olha lá, não é o Lula?
Cândido não teve o menor interesse em desfazer a confusão. Aproveitou a oportunidade, subiu no banco da praça em que estava e começou a discursar:
- Sou o Lula. Tô aqui aqui pedindo votos para o companheiro Márcio Cândido. Votem nele.



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