São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 2002

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RIO DE JANEIRO

Apenas um dos nomes anunciados ontem pela governadora eleita não participou da administração do marido

Rosinha mantém nomes de Garotinho no secretariado

DA SUCURSAL DO RIO

A governadora eleita do Rio, Rosinha Matheus (PSB), anunciou ontem o seu secretariado e manteve os principais nomes que participaram do governo do marido, Anthony Garotinho (PSB). Diferentemente de Garotinho, ela não criou cargos de coordenação setorial, que eram os mais próximos do ex-governador.
Rosinha manteve em pastas que terão contato mais direto com ela nomes fortes do governo Garotinho, como Luiz Rogério Magalhães (Integração Governamental), Jaime Cardoso (Secretaria de Estado de Governo), Josias Quintal (Segurança Pública) e Tito Ryff (Desenvolvimento e Turismo).
Apenas um nome anunciado pela governadora eleita ontem para integrar o seu secretariado não participou do governo Garotinho: Marco Antônio Lucidi, futuro secretário de Trabalho, que foi indicado pelo PPB, partido que apoiou Rosinha.
O PMDB, partido que foi fundamental para garantir a governabilidade de Garotinho na Assembléia Legislativa do Estado, está presente no secretariado com a indicação de Darcília Leite para a Educação, mesmo cargo que ela ocupou no fim do mandato do ex-governador.
A futura governadora anunciou também que criará uma nova secretaria para cuidar somente do sistema prisional do Estado. Atualmente, o órgão com essa função, o Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário), é vinculado à Secretaria de Justiça.
"A Secretaria de Administração do Sistema Penitenciário cuidará do Desipe, da modernização das prisões e da ocupação dos presos. Será mais uma estrutura na área de segurança pública", afirmou.

"Apelo" a Benedita
Após anunciar o secretariado, Rosinha fez, mais uma vez, críticas à atual governadora, Benedita da Silva (PT). Ela cobrou de Benedita que sancione uma lei de combate à pobreza, que entre em vigor durante o seu governo.
"Gostaria de fazer um apelo à governadora. Já fiz, mas ainda não vimos resultados positivos. Queria pedir que nossas diferenças fossem deixadas de lado em benefício da população. Quando uma governadora, que vai assumir uma pasta na secretaria nacional no governo Lula [o Ministério da Ação Social], deixa de sancionar essa lei de combate à pobreza, quem perde não sou eu, mas toda a população do Rio."
Até o fechamento desta edição, Benedita não foi localizada para comentar a declaração.


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