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RIO DE JANEIRO
Apenas um dos nomes anunciados ontem pela governadora eleita não participou da administração do marido
Rosinha mantém nomes de Garotinho no secretariado
DA SUCURSAL DO RIO
A governadora eleita do Rio,
Rosinha Matheus (PSB), anunciou ontem o seu secretariado e
manteve os principais nomes que
participaram do governo do marido, Anthony Garotinho (PSB).
Diferentemente de Garotinho, ela
não criou cargos de coordenação
setorial, que eram os mais próximos do ex-governador.
Rosinha manteve em pastas que
terão contato mais direto com ela
nomes fortes do governo Garotinho, como Luiz Rogério Magalhães (Integração Governamental), Jaime Cardoso (Secretaria de
Estado de Governo), Josias Quintal (Segurança Pública) e Tito Ryff
(Desenvolvimento e Turismo).
Apenas um nome anunciado
pela governadora eleita ontem
para integrar o seu secretariado
não participou do governo Garotinho: Marco Antônio Lucidi, futuro secretário de Trabalho, que
foi indicado pelo PPB, partido
que apoiou Rosinha.
O PMDB, partido que foi fundamental para garantir a governabilidade de Garotinho na Assembléia Legislativa do Estado, está
presente no secretariado com a
indicação de Darcília Leite para a
Educação, mesmo cargo que ela
ocupou no fim do mandato do ex-governador.
A futura governadora anunciou
também que criará uma nova secretaria para cuidar somente do
sistema prisional do Estado.
Atualmente, o órgão com essa
função, o Desipe (Departamento
do Sistema Penitenciário), é vinculado à Secretaria de Justiça.
"A Secretaria de Administração
do Sistema Penitenciário cuidará
do Desipe, da modernização das
prisões e da ocupação dos presos.
Será mais uma estrutura na área
de segurança pública", afirmou.
"Apelo" a Benedita
Após anunciar o secretariado,
Rosinha fez, mais uma vez, críticas à atual governadora, Benedita
da Silva (PT). Ela cobrou de Benedita que sancione uma lei de combate à pobreza, que entre em vigor
durante o seu governo.
"Gostaria de fazer um apelo à
governadora. Já fiz, mas ainda
não vimos resultados positivos.
Queria pedir que nossas diferenças fossem deixadas de lado em
benefício da população. Quando
uma governadora, que vai assumir uma pasta na secretaria nacional no governo Lula [o Ministério da Ação Social], deixa de
sancionar essa lei de combate à
pobreza, quem perde não sou eu,
mas toda a população do Rio."
Até o fechamento desta edição,
Benedita não foi localizada para
comentar a declaração.
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