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Acusado de matar freira é preso sob suspeita de grilagem no Pará
Segundo a PF, Taradão tentou negociar área em lote onde Dorothy foi morta
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Regivaldo Pereira Galvão, o
Taradão, acusado de ser um dos
mandantes do assassinato da
missionária norte-americana
naturalizada brasileira Dorothy Stang, foi preso ontem
pela Polícia Federal em Altamira (PA) sob a suspeita de grilagem do mesmo lote de terra pública cuja disputa culminou na
morte da religiosa.
Taradão, que ainda não foi a
júri pela acusação de assassinato, estava, segundo a PF e o Ministério Público Federal no Pará, tentando negociar o lote 55,
que ocupa cerca de 3.000 hectares do PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável)
Esperança, fundado por Stang
em Anapu (PA). A missionária
Dorothy Stang foi morta em
2005, com seis tiros, em uma
estrada vicinal da cidade.
As novas suspeitas vieram à
tona em novembro, quando se
soube que Taradão havia feito,
no final de outubro, uma reunião com lideranças do PDS e
com o chefe do Incra (Instituto
Nacional da Colonização e Reforma Agrária) de Altamira, na
qual afirmou ser o dono do lote
e disse querer negociá-lo.
Ele negou que tivesse se declarado o proprietário, mas testemunhas confirmaram à PF a
primeira versão. Além disso, a
procuradoria achou documentos fraudados atestando, ilegalmente, que o lote era seu.
Durante a investigação pela
morte de Stang, ele sempre disse que não poderia ser o mandante do crime, já que não tinha interesse na área.
A Folha não conseguiu localizar os advogados de Taradão.
(JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
Colaborou BRENO COSTA , da Agência Folha
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