São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2001

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ENTENDA O CASO

Crise em Alagoas começou com volta de Collor

Racha
Collor voltou a Alagoas no final de 2000, quando recuperou seus direitos políticos. Ele estava inelegível havia oito anos. Declarou ser candidato ao Senado e passou a criticar o governo Ronaldo Lessa (PSB) na mesma semana em que o governador afirmou ser candidato à reeleição. Em 98, Collor apoiou a eleição de Lessa

Cartas
Há duas semanas, cartas deixadas em 1994 pelo ex-policial José Cícero Carlota passaram a ser divulgadas pelo jornal e pela TV Gazeta de Alagoas, da família Collor. Segundo elas, Lessa teria pago para que Carlota matasse o ex-coronel Manoel Francisco Cavalcante

Acusações
Cavalcante está preso em Alagoas desde 1998, acusado de liderar um grupo de policiais conhecido como "máfia fardada". Ele estaria envolvido na morte do irmão de Lessa, Ricardo Lessa. As cartas dizem que Lessa teria pago a Carlota para vingar a morte do irmão

Reação
Lessa vai a Brasília denunciar o que chama de "campanha difamatória" dos meios de comunicação de Collor. Pede que o ministro da Justiça, José Gregori, envie a Polícia Federal para investigações

Fita
A TV Gazeta de Alagoas divulga uma gravação em que Carlota repete as acusações. A fita é entregue à TV pela mãe do ex-policial
Corte de verbas
Lessa deixa de anunciar nos veículos da família de Collor -R$ 200 mil por mês. Na primeira página, o jornal "Gazeta de Alagoas" o chama de autoritário e o acusa de querer "comprar consciências"
Sequestro de recursos
O presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Manso, determina o bloqueio de R$ 5,2 milhões das contas do governo para pagar o 13º dos desembargadores. O governo manda a PM para impedir o bloqueio, que considera ilegal

Conflito
Repórteres da TV Gazeta tentam entrevistar Lessa em visita do ministro da Previdência, Waldeck Ornélas, mas são agredidos por seguranças. A emissora divulga a agressão e Lessa pede desculpas



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