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ENTENDA O CASO
Crise em Alagoas começou com volta de Collor
Racha
Collor voltou a Alagoas no final de
2000, quando recuperou seus direitos políticos. Ele estava inelegível havia oito anos. Declarou ser
candidato ao Senado e passou a
criticar o governo Ronaldo Lessa
(PSB) na mesma semana em que
o governador afirmou ser candidato à reeleição. Em 98, Collor
apoiou a eleição de Lessa
Cartas
Há duas semanas, cartas deixadas
em 1994 pelo ex-policial José Cícero Carlota passaram a ser divulgadas pelo jornal e pela TV Gazeta
de Alagoas, da família Collor. Segundo elas, Lessa teria pago para
que Carlota matasse o ex-coronel
Manoel Francisco Cavalcante
Acusações
Cavalcante está preso em Alagoas
desde 1998, acusado de liderar
um grupo de policiais conhecido
como "máfia fardada". Ele estaria
envolvido na morte do irmão de
Lessa, Ricardo Lessa. As cartas dizem que Lessa teria pago a Carlota para vingar a morte do irmão
Reação
Lessa vai a Brasília denunciar o
que chama de "campanha difamatória" dos meios de comunicação de Collor. Pede que o ministro
da Justiça, José Gregori, envie a
Polícia Federal para investigações
Fita
A TV Gazeta de Alagoas divulga
uma gravação em que Carlota repete as acusações. A fita é entregue à TV pela mãe do ex-policial
Corte de verbas
Lessa deixa de anunciar nos veículos da família de Collor -R$
200 mil por mês. Na primeira página, o jornal "Gazeta de Alagoas"
o chama de autoritário e o acusa
de querer "comprar consciências"
Sequestro de recursos
O presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Manso, determina o
bloqueio de R$ 5,2 milhões das
contas do governo para pagar o
13º dos desembargadores. O governo manda a PM para impedir o
bloqueio, que considera ilegal
Conflito
Repórteres da TV Gazeta tentam
entrevistar Lessa em visita do ministro da Previdência, Waldeck
Ornélas, mas são agredidos por
seguranças. A emissora divulga a
agressão e Lessa pede desculpas
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