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CPI investiga organização
DA AGÊNCIA FOLHA
A ONG Associação Amazônia
ainda é objeto de investigação da
CPI da Grilagem da Câmara. Segundo o deputado Luciano Castro (PFL-RR), a quebra do sigilo
bancário e telefônico dos dirigentes da organização, entre eles o argentino Héctor Daniel Garibotti,
já foi requerida ao Banco Central.
Segundo relatório da CPI de
Terras da Assembléia Legislativa
de Boa Vista (RR), a entidade registrou em um cartório de Manaus uma propriedade de 172 mil
hectares, na região da Reserva Natural do Xinxuau (300 km ao sul
de Boa Vista), em Rorainópolis.
O Iteraima (Instituto de Terras
de Roraima) informou que a
ONG reivindicou junto ao órgão o
título de posse da área, mas a
questão está sub judice.
O governador de Roraima,
Neudo Campos (PPB), estuda a
possibilidade de tornar a área de
utilidade pública.
A advogada da ONG, Maria Rita
Furtado Rodrigues, disse que a associação não é proprietária das
terras da reserva e elogiou a decisão do governador. "É bom mesmo que ele tome uma atitude."
Segundo ela, a associação adquiriu apenas as benfeitorias de
seis famílias de ribeirinhos. Cada
uma delas, disse, recebeu R$ 6 mil
há cerca de oito anos.
Se ocorrer a decretação de utilidade pública, o governo vai nomear uma comissão para avaliar
os bens declarados pela ONG e
determinar um ressarcimento.
O ribeirinho Carlos Pereira da
Silva disse em depoimento à CPI
que teria vendido apenas 2.000
metros quadrados de uma propriedade que a associação informou ter 30 mil hectares. Silva disse ter recebido R$ 3.000.
"No recibo de venda, que Silva
recebeu e assinou, mesmo sendo
analfabeto, constava o valor de R$
20 mil", declarou o deputado estadual e relator da CPI, Mecias de
Jesus (PSL).
O cartório emitiu os recibos de
compra e venda das terras e procurações em nome de Plínio Leite
da Encarnação (tesoureiro),
Christopher Clark (secretário),
Paolo Imperialli (sócio-produtor)
e Heitor Daniel Garibotti (vice-presidente) e Luiz Antonio Nascimento de Souza (presidente), da
Associação Amazônia.
A ONG, segundo a advogada,
recebe recursos da Europa e EUA
e foi criada para tornar a área uma
reserva e preservá-la.
(ADL)
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