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FÓRUM SOCIAL
Depois da destruição de plantas e sementes pelo MST, agricultores reunidos em Porto Alegre marcam ato mundial
Agricultores farão protesto antitransgênico
DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Um dia depois de militantes do
MST terem destruído uma lavoura experimental de soja transgênica no interior do Rio Grande do
Sul, organizações de camponeses
anunciaram que prepararam um
protesto mundial contra empresas de biotecnologia.
Durante debate sobre biodiversidade no Fórum Mundial Social,
em Porto Alegre, o líder da Via
Campesina, o mexicano Ernesto
Ladrón de Guevara, anunciou
que serão feitos protestos em 25
países no dia 7 de abril.
"O dia de ontem (anteontem, se
referindo ao ato do MST) foi muito importante e serve de exemplo
para a nossa luta. Faremos uma
ação mundial contra os transgênicos", afirmou Ladrón de Guevara.
A Via Campesina é uma Organização Não-Governamental que
reúne entidades como o MST e a
Federação dos Camponeses Franceses, de José Bové, que em 1999
destruiu uma lanchonete do
McDonald's no Sul da França para protestar contra a globalização.
Logo depois do protesto de anteontem em fazenda da multinacional Monsanto, o líder do MST,
João Pedro Stedile, havia afirmado que continuaria com as ações
contra lavouras de transgênicos.
Nos debates de biotecnologia,
os alvos também foram as empresas multinacionais. O italiano Riccardo Petrella, da Universidade
de Louvain, na Bélgica, arrancou
dois minutos de aplausos de 400
pessoas, ao defender o fim das patentes das empresas de biotecnologia. "A privatização do conhecimento joga nas mãos de um grupo de empresas o destino de toda
a humanidade. É inaceitável", disse.
Na mesma linha, Marcel Mazoyer, do Instituto Nacional de
agronomia da França, afirmou
que "os benefícios das novas espécies (geneticamente modificadas) não pode ser feita com fim da
propriedade do conhecimento
dos agricultores a favor das multinacionais".
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