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PORTO ALEGRE
Evento terá força-tarefa especial de segurança
Número de policiais no 2º Fórum Social será quatro vezes maior
MARCELO FLACH
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA EM
PORTO ALEGRE
O assassinato do prefeito de
Santo André, Celso Daniel (PT),
as ameaças a políticos do PT, a hipótese de conflitos de rua e o
maior número de participantes
vão levar quatro vezes mais policiais às ruas de Porto Alegre para
a segunda edição do Fórum Social
Mundial, em comparação com o
evento do ano passado.
""Esquemas de acompanhamento serão intensificados", afirma Jeferson Miola, coordenador-executivo do fórum pelo governo
do Estado. Segundo ele, antes
mesmo da morte do prefeito, os
atentados terroristas nos Estados
Unidos já indicaram a necessidade de reforçar a segurança. Como
exemplo, cita que membros de
entidades internacionais estão
chegando à cidade com esquemas
próprios de vigilância.
A força-tarefa oficial para garantir a segurança nos seis dias do
encontro é formada por 850 policiais da Brigada Militar gaúcha.
Ainda há a possibilidade de agregar mais 600 policiais em hora extra. Soma-se a essa quantidade o
policiamento normal da capital,
com 500 PMs por turno. Os chamados locais de risco para uma
manifestação de esquerda, como
prédios de multinacionais e veículos de comunicação, ganharão
olhares mais atentos dos policiais.
O coronel Ilson Pinto de Oliveira, comandante do policiamento
da capital, diz que o efetivo apenas cresceu proporcionalmente
ao número de participantes do
evento. A organização do 2º Fórum Social Mundial espera a presença de 50 mil a 60 mil pessoas
na capital gaúcha, contra 25 mil
do primeiro encontro.
Em todos os locais onde se desenvolvem atividades do fórum,
como no campus da PUC-RS e no
Anfiteatro Pôr-do-Sol, palco de
shows no início da noite, haverá
acompanhamento também de
200 seguranças particulares.
O coronel Oliveira afirma que a
preocupação com manifestações
violentas não reside nas marchas
promovidas pelo fórum, como a
passeata no dia da abertura e outra no dia 4 de fevereiro.
O vice-governador Miguel Rossetto afirma que os movimentos
sociais são autônomos na realização de atos públicos. ""Não permitiremos a violência."
A Federação Anarquista Gaúcha divulga na internet que pretende promover manifestações
durante o fórum. No próprio site
a entidade afirma que pretende
"coordenar uma potente intervenção anarquista".
O idealizador do Fórum Social
Mundial e integrante do comitê
organizador Oded Grajew teme
que ações ""pirotécnicas" desviem
a atenção do debate de idéias.
A Prefeitura de Não-Me-Toque
(270 km da capital) pediu para o
Estado reforçar a segurança na
área da empresa Monsanto. A
multinacional teve uma lavoura
experimental de grãos geneticamente modificados e um laboratório destruídos por integrantes
do MST e pelo ativista francês José Bové durante o fórum do ano
passado.
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