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OPERAÇÃO ANACONDA
Rodriguez diz que fez empréstimo
Agente da Polícia Federal nega ter fraudado o Imposto de Renda
DA REPORTAGEM LOCAL
O agente da Polícia Federal César Herman Rodriguez disse ontem ao Tribunal Regional Federal
que não forjou um empréstimo
de R$ 48 mil para o juiz João Carlos da Rocha Mattos justificar ganhos supostamente ilícitos para o
Imposto de Renda, como aponta
o Ministério Público Federal.
Segundo ele, o empréstimo
existiu de fato. O telefonema gravado pela Polícia Federal, em que
Rocha Mattos parece combinar o
empréstimo, mostra o agente e o
juiz definindo como seria a declaração do valor à Receita, segundo
Hermínio Marques Porto Jr., advogado do agente.
A PF suspeita que o empréstimo
foi forjado porque o juiz começa o
telefonema falando em R$ 50 mil,
considera o valor suspeito e acerta
finalmente em R$ 48 mil. "Ficou
confusa a conversa porque havia
várias dívidas entre eles, e o João
estava eufórico", alega Porto Jr.
Rodriguez confirmou à desembargadora Therezinha Cazerta
que retirou armas do apartamento em que o juiz vivia com Norma
Regina Emílio Cunha porque ela
teria ameaçado o ex-marido. Disse, porém, que não sabia que entre elas havia armas apreendidas
em processos criminais.
O agente da PF afirmou que não
pode ser acusado de escuta ilegal
porque não chegou a realizar o
grampo pedido pelo juiz federal
Casem Mazloum. O juiz queria
que Rodriguez grampeasse a mulher de um político.
Ele disse à desembargadora que
só advogou para Sérgio Chiamarelli Jr. -ex-diretor da corretora
Split, acusado de envolvimento
com emissão fraudulenta de títulos da dívida da Prefeitura de São
Paulo- na época em que esteve
afastado da PF, entre 1990 e 1999.
O agente refutou a interpretação da PF e do Ministério Público
de que o "Jota" citado numa conversa seria o juiz João Carlos da
Rocha Mattos, a quem teria sido
mostrada a defesa de Chiamarelli
Jr.. Segundo Rodriguez, "Jota" é o
advogado José Roberto Batochio,
que atuou na defesa de Chiamarelli Jr. no processo criminal.
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