|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo quer dar R$ 200 mil a
família de fiscal morto em Unaí
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo enviou ontem ao
Congresso um projeto de lei em
que propõe indenizações de R$
200 mil às famílias dos quatro
funcionários do Ministério do
Trabalho assassinados em Unaí
(MG) há exatamente um mês.
Os familiares que aceitarem esse
"auxílio especial" ficarão automaticamente impedidos de entrar na
Justiça contra a União por causa
do crime.
O projeto de lei também prevê
que os dependentes que forem estudantes recebam um auxílio extra mensal de R$ 400 até que completem 18 anos (se estiverem cursando até o ensino médio) ou 24
anos (se forem universitários).
Elaborado pelo Ministério do
Trabalho e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o projeto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado
para então ser sancionado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Palácio do Planalto, que enviou a proposta ao Congresso,
não pediu urgência.
O dinheiro pode demorar a chegar às famílias dos funcionários
mortos. O projeto que previa indenizações semelhantes às famílias das 21 vitimas da explosão de
um foguete na base de Alcântara,
no Maranhão, em agosto de 2003,
por exemplo, só virou lei quatro
meses depois do acidente.
Investigações
Em 28 de janeiro, os fiscais João
Batista Soares Lages, 50, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, 42, e
Nelson José da Silva, 52, além do
motorista Aílton Pereira de Oliveira, 51, foram mortos a tiros
quando vistoriavam as condições
de trabalho em fazendas de Unaí.
As investigações devem progredir nesta segunda-feira, quando a
Polícia Federal receberá os laudos
das perícias feitas nas balas e no
local do crime.
Os investigadores têm duas linhas claras de investigação: crime
de mando, efetuado supostamente a pedido de fazendeiros da região, ou assalto. Um único suspeito foi detido, no início do mês,
mas sua participação no crime foi
descartada por falta de provas.
Texto Anterior: Brasil profundo: Agricultor paulista é suspeito de assassinato de trabalhador em AL Próximo Texto: Planalto: João Paulo faz reuniões e encerra expediente de interino mais cedo Índice
|