São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2004

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Governo quer dar R$ 200 mil a família de fiscal morto em Unaí

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo enviou ontem ao Congresso um projeto de lei em que propõe indenizações de R$ 200 mil às famílias dos quatro funcionários do Ministério do Trabalho assassinados em Unaí (MG) há exatamente um mês.
Os familiares que aceitarem esse "auxílio especial" ficarão automaticamente impedidos de entrar na Justiça contra a União por causa do crime.
O projeto de lei também prevê que os dependentes que forem estudantes recebam um auxílio extra mensal de R$ 400 até que completem 18 anos (se estiverem cursando até o ensino médio) ou 24 anos (se forem universitários).
Elaborado pelo Ministério do Trabalho e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o projeto precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado para então ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Palácio do Planalto, que enviou a proposta ao Congresso, não pediu urgência.
O dinheiro pode demorar a chegar às famílias dos funcionários mortos. O projeto que previa indenizações semelhantes às famílias das 21 vitimas da explosão de um foguete na base de Alcântara, no Maranhão, em agosto de 2003, por exemplo, só virou lei quatro meses depois do acidente.

Investigações
Em 28 de janeiro, os fiscais João Batista Soares Lages, 50, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, 42, e Nelson José da Silva, 52, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira, 51, foram mortos a tiros quando vistoriavam as condições de trabalho em fazendas de Unaí.
As investigações devem progredir nesta segunda-feira, quando a Polícia Federal receberá os laudos das perícias feitas nas balas e no local do crime.
Os investigadores têm duas linhas claras de investigação: crime de mando, efetuado supostamente a pedido de fazendeiros da região, ou assalto. Um único suspeito foi detido, no início do mês, mas sua participação no crime foi descartada por falta de provas.


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