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Tarso afirma que não existe delito sendo investigado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Justiça, Tarso
Genro, disse que não há versões
conflitantes no governo sobre a
existência de dados relativos
aos gastos do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) com as contas "tipo B".
Tarso, que negou a existência
do suposto dossiê, afirmou que
a Polícia Federal não vai "se
meter" no caso para apurar
quem são os responsáveis pela
compilação e pelo vazamento
das informações.
Ele ressaltou que não há nenhum delito sendo investigado,
apenas uma sindicância aberta
a pedido de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil.
"Trata-se de fogo fátuo. É
mais um fato político para o debate entre oposição e governo."
O ministro, citado como um
dos possíveis candidatos do PT
à sucessão presidencial em
2010, também apontou o PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento) como alvo da
oposição -e conseqüentemente a sua coordenadora, Dilma
Rousseff, blindada pelo governo depois da divulgação das informações pela revista "Veja".
Indagado pela Folha sobre o
fato de o TCU (Tribunal de
Contas da União) tê-lo desmentido, Tarso disse que quem
errou foi o jornal, por ter divulgado informação "equivocada".
"O que eu disse é que a Casa
Civil estava fazendo reparos na
organização dos documentos
para dar maior transparência,
por orientação do TCU. Trabalhando os documentos, que
não eram sigilosos, colocando-os dentro do sistema, e que vão
estar à disposição quando a
CPI precisar. Ele [o tribunal]
confirmou o que falei."
Reportagem da Folha mostrou que o TCU derrubou a versão do governo federal de que
os dados foram compilados por
solicitação do órgão.
(LUCAS FERRAZ)
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