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Sem Serra e FHC, PSDB lança Alckmin
Nem ex-governador esteve em ato que lançou sua candidatura à prefeitura
Em palestra organizada pelo
diretório tucano de SP, ex-presidente recebeu carta de políticos do DEM que pediam um só candidato
CATIA SEABRA
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dissonância no mundo tucano. Em tom beligerante -e sem
a presença do homenageado-
militantes do PSDB lançaram
ontem a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin à
Prefeitura de São Paulo.
Num ato marcado por discursos inflamados contra os
kassabistas, alckmistas conclamaram a militância a ir às ruas
pela eleição de um "triste e traído" Alckmin. "Não vamos mais
perder tempo convencendo filiado. Essa fase passou. Já estamos em campanha", afirmou o
deputado federal Silvio Torres.
"Às vezes, ele se sente triste e
traído porque as pessoas o tratam como ele não mereceria.
Agora, está feliz", disse o deputado federal Júlio Semeghini.
Além de político, o distanciamento dos tucanos era ontem
geográfico. No Morumbi, o governador José Serra participava do aniversário de 40 anos do
Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado. Alckmin fazia palestra em Ribeirão Preto.
Na região da Paulista, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso fazia palestra para 600
pessoas. Ele foi cercado por vereadores do DEM que entregaram uma carta pedindo que ele
e Serra intervenham na busca
de um só candidato. Para Walter Feldman, secretário municipal de Esportes, foi o "grande
evento político" do dia.
No ato pró-alckmin, Feldman foi um dos mais atacados.
Num salão no centro do São
Paulo, com cerca de 400 simpatizantes de Alckmin - incluindo fiéis de paróquias da Zona
Sul sem filiação partidária -, os
kassabistas foram chamados de
sacanas. O militante Fábio Fortes sugeriu que fossem submetidos ao conselho de ética. O
candidato a vereador Luciano
Gama chamou o prefeito Gilberto Kassab de escroto.
O encontro contou com a
presença de dois vereadores,
quatro deputados estaduais e
três dos 18 federais. Um deles
-Edson Aparecido- disse contar com a presença de Serra na
campanha de Alckmin.
Secretário da Educação no
governo Alckmin, Gabriel Chalita não descartou a saída de tucanos do governo Kassab e adesão à campanha. "À medida que
você tem candidato no seu partido, ou sai do partido ou faz
campanha para o candidato."
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